Nova Série 9500 deve substituir trens espanhois na Linha 10-Turquesa

Linha da CPTM opera exclusivamente com modelos que foram comprados usados em 1998 e que são inadequados para o serviço metropolitano
A Série 2100 da CPTM na inauguração da estação Autódromo: trens inadequados para serviço metropolitano
A Série 2100 da CPTM na inauguração da estação Autódromo: trens inadequados para serviço metropolitano
Primeiro trem da Série 9500 da CPTM deve ser entregue em breve
Primeiro trem da Série 9500 da CPTM: substituto na Linha 10-Turquesa

Já não resta dúvida que a CPTM pretende aposentar todos os trens antigos sem ar-condicionado quando a encomenda de 65 unidades de novas composições for concluída, mas há rumores que também a Série 2100 acabe saindo de cena com essa mudança. O que se comenta na empresa é que a nova Série 9500, produzida pela Rotem, vá assumir a Linha 10-Turquesa, que liga o ABC à estação Brás.

A encomenda de 30 trens da Série 9500 está atrasada por conta da falência da empresa IESA, que era parceria da sul-coreana Hyundai-Rotem. Com isso, os primeiros trens tiveram de ser montados na Ásia e finalizados na nova fábrica da empresa em Araraquara. O primeiro deles foi entregue há algumas semanas e passa por testes em Osasco.

Caso essa intenção seja confirmada, os passageiros que utilizam a Linha 10 perceberão uma nítida melhor no serviço já que o 9500 tem tudo para ser o melhor trem da frota, pelo que se percebe nas primeiras informações surgidas. Não só será um trem mais confortável, mas também mais veloz, mas isso se deve em parte ao fato de a Série 2100 não ser apropriada para o uso metropolitano.

A Série 2100 da CPTM na inauguração da estação Autódromo: trens inadequados para serviço metropolitano
A Série 2100 da CPTM na inauguração da estação Autódromo: trens inadequados para serviço metropolitano

Processos do Ministério Público

Comprados usados na década de 90 do governo espanhol, os trens da Série 2100 (conhecidos como trens espanhois) chegaram à CPTM e operaram na Linha 9 quando a demanda era bastante baixa. Equipados com ar-condicionado e até com música ambiente, eles significaram uma evolução em relação aos antigos trens, mas tiveram de assumir uma tarefa a qual não foram projetados já que seu perfil é para viagens entre cidades. Por isso, têm desempenho um tanto lento na aceleração e frenagem. Acabaram encontrando um espaço onde suas características não eram tão prejudiciais, no caso a Linha 10 com suas longas retas e estações bem espalhadas.

Ainda assim, eles exigem uma maior quantidade de trens operando, o que a Série 9500 pode fazer com menos unidades. Além disso, a manutenção nos últimos tempos parece ter sido insuficiente a ponto de vários trens terem se incendiado.  Agora, o Ministério Público pede o cancelamento do contrato com o consórcio Trail Temoinsa que desde 2012 é responsável pela manutenção da frota. Mais uma vez, o promotor Marcelo Milani, que também acusa o Metrô e o governo de irresponsabilidade na compra dos trens da Linha 5 do Metrô, está à frente do caso.

Já em outra frente, novamente o Ministério Público está investigando a compra dos 65 trens novos que já deveriam ser todos entregues, segundo contrato. Apenas dois estão operando na Linha 11-Coral e a CPTM pretende acrescentar uma composição por quinzena a partir deste mês. Segundo ela, 10 unidades foram entregues pela CAF e uma pela Rotem, mas a própria empresa passou um ano testando os primeiros trens até decidir colocá-los em operação.

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13 comments
  1. E a linha 7 rubi ?

    A linha 7 tem mais demanda que a linha 10 :/

    Espero que esses trens tb fiquem na linha 7

    1. Emanoel, pelo que se comenta, a Linha 7 ficará com 15 trnes da Série 8500, também nova. Inclusive, há várias unidades em testes na linha nos últimos dias.

      1. Ja tem 5 em testes na linha 7
        (5/15)
        Ja na Linha Coral só tem 2
        Mas não sei quantos irão entrar em operação.Ricardo, essas o formações são corretas ?

        1. Luas, os dois trens da Linha 11 estão de fato operando. Já os que rodam na Linha 7 estão em testes. Pelo que se comenta, eles também deverão seguir para a Linha 11 primeiro. Ainda não está muito claro se a Linha 7 ficará com os 7000 que serão liberados de outras linhas ou se realmente terão o 8500 na frota.

  2. Isso é rádio peão, há trens da linha 10 passando por revisão geral e mudança para a nova comunicação visual, por que a empresa continuaria com esse processo para em seguida retirá-los de circulação e colocar os 9500? Não é possível.

  3. Seria muito bom se esses trens da Série 9500 viessem para a Linha 10, vamos esperar, sempre entregam trens novos e nenhum vêm pra cá. Quanto a reformas dessa linha, alguma novidade? Essas estações do ABC estão cada dia pior… :/

  4. Esta CPTM não tem o perfil, os cacoetes de uma operação empresarial. A salada de trens nas linhas significa um absurdo, seja em termos operacionais quanto e principalmente manutenção. O correto seria com a chegada dos novos trens, padronizar por linha ou sistema. Por exemplo linha 8, só 8000 (já é assim), linha 7, só 8500, e assim por diante. Como há pequenas series como os 9000 e 3000, sobraria um restinho em uma unica linha por exemplo. Digo isto por uma razão: Respeito a nosso dinheiro. Hoje a CPTM gasta praticamente 1,00 por passageiro transportado em MANUTENÇÂO. Isto não pode continuar assim.

  5. Trens novos na Linha 10? Dúvido. A CPTM não se importa nem um pouco com a Linha 10, tanto que tirou a estação Luz da mesma, o que ficou pior do que já era. Se ela planejasse direito, colocaria a Estação Barra Funda como final para as linhas 7, 10 e 11, pois a mesma tem espaço mais que o suficiente para 4 linhas e ainda para trens de carga sem atrasar nenhuma das linhas que estariam por ela (7, 8, 10 e11), assim as estação Luz e Brás seriam apenas paradas, diminuindo o tráfico e intervalo dos trens.

  6. Trens adequadissimos ao meu ver, pois já estamos fartos de pagar impostos com superfaturamentos e elefantes brancos

  7. Alguns anos depois, posso dizer que os tais trens novos são uma grande porcaria: com 4 portas em cada lado e visivelmente mais fino, eles tem poucos assentos, maior vão entre o trem e a plataforma. Como usuária detestei. As cadeiras são menores, o que gera desconforto e pessoas baixinhas em pé não tem onde se segurar, senão nas barras verticais que ficam entre o banco e porta, ou seja, tem que ficar atrapalhando o embarque e desembarque de passageiros. O trem espanhol é infinitamente mais arejado, confortável e tem mais lugares para sentar, mas quem está pensando nisso? Conforto para passageiro é considerado luxo no Brasil. O interessante é que o valor da passagem é o mesmo para quem vai sentado e quem vai em pé, então que se danem os usuários. O espanhol tem problemas técnicos? Opa, então aprimoremos o que tem de melhor, mas não: conforto é para rico. Quem reclamar que tome Uber ou táxi… Lamentável.

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