Três anos depois de anunciada, Linha 18-Bronze ainda está longe de sair do papel

Se contrato assinado em agosto de 2014 tivesse sido colocado em prática conforme previsto, linha de monotrilho já estaria a apenas um ano de funcionar
Monotrilho da Linha 18: linha do ABC é que mais tem chance de romper os limites da capital
Linha 18-Bronze: primeiro ramal de metrô cancelado da história de São Paulo
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O jornal Metro lembrou bem: nesta terça-feira (22) completam-se três anos da assinatura do contrato entre o governo do estado e a concessionária VEM ABC para construção e operação da Linha 18-Bronze, um monotrilho que ligará as cidades do ABC Paulista à rede de metrô e trens da Grande São Paulo. Passado tempo, nem um mísero metro de terra foi remexido para que a linha tenha saído do papel.

Papel este que previa que a Linha 18 estivesse operando no ano que vem, inclusive. Com uma boa dose de sorte, a obra poderá começar em 2018 caso a gestão Alckmin consiga reverter o rating que o Tesouro Nacional deu ao estado e que impede que ele contraia um empréstimo para pagar as desapropriações de pouco mais de R$ 400 milhões.

O impasse segue sem solução desde que o Tesouro Nacional publicou o rating de 2016 na semana passada e que manteve a nota de São Paulo em “C-“. Isso significa, na prática, que o estado está insolúvel e que a União não pode ser fiadora de qualquer financiamento. O órgão federal prometeu revisar seus critérios na análise final que publicará apenas em dezembro, ou seja, será preciso esperar mais tempo para vislumbrar uma solução.

Curiosamente, nesta semana a Folha de São Paulo publicou nota a respeito de outro rating, da agência Standard & Poor’s, que tem prejudicado São Paulo e Santa Catarina, com os melhores perfis de dívida, por conta ironicamente da nota do governo federal, mais baixa. Como nenhum ente federativo pode ter nota superior ao país os dois estados pagam pelos problemas fiscais da União.

Nesses dilemas burocráticos e jurídicos, os maiores interessados na linha, os cerca de 300 mil potenciais usuários continuam a sofrer com uma mobilidade deficiente na região, carente de transporte coletivo de qualidade e com vias sobrecarregadas de veículos particulares.

Ao menos, o consórcio VEM ABC tem demonstrado interesse em continuar no negócio e já investiu dinheiro nos projetos executivos e negociações para facilitar a implementação da obra além de preparar uma fábrica no Brasil para montar os trens do monotrilho da empresa Scomi, sócio da concessionária. Na melhor das hipóteses, o monotrilho estará circulando pela região apenas em 2021 se as obras começarem no ano que vem.

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1 comment
  1. Gastar dinheiro com super-salários de políticos e juízes eles sabem! agora dinheiro pro monotrilho que é tão essencial aí não tem um centavo…

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