O Metrô de São Paulo teve um ano de 2024 de recuperação no que se refere a sua situação financeira. Os números apresentados pela companhia demonstram aumentos significativos na receita e queda do déficit em mais de 60% no período.
O site fez uma análise detalhada do balanço fiscal da companhia para o ano de 2024. No período, a receita dos bilhetes teve um reajuste significativo passando de R$ 4,40 para R$ 5,00.
Cabe citar que os valores percentuais citados na matéria são as referentes às comparações entre os anos de 2023 e 2024.
Visão geral
Durante o ano de 2024, o Metrô de São Paulo deve um acréscimo de 30,1% na sua receita que atingiu o valor de R$ 3 bilhões. O custo dos serviços prestados se manteve estável com um pequeno aumento de 1,3%.
A empresa reverteu a tendência de prejuízo e obteve lucro bruto de R$ 367 milhões (+233,2). O déficit foi drasticamente reduzido, saindo de R$ 900 milhões para R$ 347,5 milhões em 2024 (-61,3%).

Receitas
As receitas do Metrô tiveram aumentos importantes. No que se refere às receitas tarifárias, o valor total foi de R$ 2,2 bilhões em 2024 (+36,6%).
A companhia teve quedas importantes no que se refere a receitas não tarifárias com reduções em varejo e publicidade. A companhia amargou quedas de 4,9% e 15,3% respectivamente.
O total de receitas não tarifárias foi de R$ 284 milhões (-3%). As receitas não tarifárias são fundamentais para a empresa e uma queda expressiva como essa não passa despercebida.

Custos
O Metrô manteve sua estrutura de custos praticamente estável com um pequeno acréscimo. O custo com pessoal teve leve queda de 0,5% com um total de R$ 1,4 bilhão em folha de pagamentos, excluídos os custos administrativos.
A empresa reduziu drasticamente itens importantes como energia de tração que representou R$ 165,1 milhões (-12,6%). Os gastos gerais tiveram quedas expressivas superiores a 50% tanto no custo de serviço como no custo administrativo.

Visão Global
O Metrô de São Paulo transportou 889,8 milhões de passageiros em 2024 (+4,5%). O valor arrecadado pela companhia apenas com tarifas foi de 2,8 bilhões (+34,5%).
O custo total da empresa Metrô foi de 3,3 bilhões em 2024, um aumento de 4,5%. A arrecadação média por passageiro transportado foi de R$ 3,17.
O custo da operação por passageiro é de R$ 2,98 enquanto o custo de operação da empresa como um todo é de R$ 3,78 por passageiro. Este último valor representa o valor de equilíbrio para um déficit zero.
O prejuízo por passageiro transportado foi de R$ 0,39 teve uma queda expressiva de 136,9%.

Conclusão
O Metrô de São Paulo buscou racionalizar sua estrutura operacional com a redução do quadro de pessoal próprio e emprego de funcionários terceirizados. A estratégia se refletiu em custos operacionais mais estáveis.
O aumento das receitas e da demanda (mesmo que modesta) foram importantes para a companhia, porém, a queda das receitas não tarifárias é um indicativo que a companhia precisa rever sua estratégia de rentabilidade.
O resultado final foi uma queda expressiva no déficit da empresa que busca um dia alcançar a sustentabilidade financeira. Para isso, um longo caminho precisa ser trilhado, sobretudo no que se refere à exploração de receitas e uma racionalização de estruturas de custo.