O edital de do Trem Intercidades, publicado no começo deste ano, prevê a construção de um trem de média velocidade entre São Paulo e Campinas. Após alguns meses de análises a iniciativa privada estaria insatisfeita com o projeto.
Dentre os aspectos que foram alvos de reuniões com o governo há a questão do aporte público do projeto, que deverá aumentar para até R$ 9 bilhões, e a sustentação da demanda para o TIC que poderá também sofrer aportes financeiros do estado.
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Outro ponto que também foi alvo de abordagem, porém, de difícil conciliação, são as obras de responsabilidade da MRS Logística. A operadora de trens de carga deverá construir uma nova via segregada da Linha 7-Rubi para ampliar o fluxo de composições.
A questão, segundo matéria publicada pela Revista Ferroviária, não é necessariamente o investimento para segregação de cargas, que é bem visto em âmbito global, mas o tempo para se implantar toda a estrutura necessária.

A MRS teria cerca de 10 anos para realizar suas obras, sendo esta uma condição para a renovação do seu contrato de concessão. O longo prazo poderia impactar na implantação e operação do trem regional que também terá vias segregadas.
A operadora de carga por sua vez tem consciência da complexidade do projeto de segregação. Apesar de fundamentais para gerar mais dinamismo e, dentro do possível, a independência operacional, as obras deverão gerar impactos na operação.
O TIC deverá, quase que mandatoriamente, esperar o trem de carga passar primeiro. Não se trata apenas do aspecto meramente operacional, mas sobretudo, de segurança para a circulação de ambos os serviços.

Neste sentido, a iniciativa privada deverá traçar estratégias para tornar a operação “tardia” do serviço expresso mais rentável. O governo do estado, diante deste impasse, pouco pode fazer para influenciar diretamente o processo de implantação das novas vias de carga, já que a renovação do contrato da MRS Logística foi firmado junto ao governo federal.