Sindicato dos Metroviários marca assembleia nesta quarta para discutir demissões do Metrô

Bloqueio da estação Santa Cruz fechado (Jean Carlos)

A queda de braço entre o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o Sindicato dos Metroviários terá um novo capítulo na noite desta quarta-feira (25) quando a entidade realizará uma assembleia com os funcionários para discutir as demissões de operadores de trens anunciada pelo Metrô no dia anterior.

O sindicato convocou o encontro após a divulgação pelo Metrô de punições a nove funcionários envolvidos com a “paralisação surpresa” de três horas na operação das linhas 1-Azul, 3-Vermelha e 15-Prata por volta da hora do almoço do dia 12 de outubro, feriado nacional.

A companhia afirmou ter identificado por meio de câmeras, áudios e relatórios a participação dos operadores na ação que culminou com a interrupção do serviço em 49 estações, além da operação com velocidade reduzida na Linha 2-Verde.

Dos nove operadores, cinco foram demitidos, um suspenso por 29 dias e os demais, que contam com estabilidade sindical, tiveram a remuneração suspensa enquanto ocorre a análise do caso pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que pode autorizar ou não a demissão.

Trem da Linha 3-Vermelha do Metrô (Jean Carlos)

Em nota, o Sindicato dos Metroviários considerou as demissões injustas, que atingiram também o vice-presidente da entidade.

“Entendemos que essa atitude intempestiva, arbitrária e antissindical é uma tentativa de enfraquecer uma categoria que está na linha de frente da luta contra o projeto do governador de privatizar todos os serviços públicos”, afirmou o sindicato.

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O protesto no dia 12 foi motivado por advertências emitadas pelo Metrô após a recusa de alguns operadores em treinar outros funcionários para operarem os trens em situações de greve. A companhia disse as advertências não implicaram em demissão ou redução de salários.

“A direção da Companhia avaliou que a paralisação atendeu apenas a interesses privados e descumpriu a legislação por ter sido implementada sem aviso prévio e sem qualquer autorização neste sentido pela assembleia da categoria dos metroviários”, explicou o Metrô.

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Trem da Linha 2-Verde (Jean Carlos)

Metrô demite funcionários que participaram da paralisação “surpresa” do dia 12 de outubro

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