No mesmo dia em que o Senado Federal aprovou um empréstimo de R$ 3 bilhões para as obras da Linha 2-Verde do Metrô, a Acciona, parceira do governo do estado na implantação e operação da Linha 6-Laranja, anunciou ter fechado um financiamento de R$ 7,4 bilhões que garantirão a totalidade do investimento no projeto.
O montante é dividido em duas parcelas, a primeira de R$ 6,9 bilhões (1,285 bilhão de euros) e a segunda de R$ 500 milhões (93 milhões de euros). Os recursos serão bancados por um pool de 10 bancos que contaram com a intermediação do BNDES, cuja participação inclui cobrir parcialmente o risco de construção, algo inédito na história do banco de fomento.
O prazo do financiamento é de 20 anos, mas a Acciona não revelou qual será a taxa de juros. Além da empresa, o governo do estado deverá contribuir com R$ 7,85 bilhões já que se trata de uma Parceria Público-Privada (PPP) em que ambos os sócios dividem os custos.
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Investimento subiu
Antes apontada como uma obra de R$ 12 bilhões, a Linha 6-Laranja passou a ter um custo total de R$ 15 bilhões. Agora, a Acciona afirma que a obra chegará a um valor de R$ 18 bilhões, ou R$ 1,18 bilhão por km de extensão.
A operação do ramal totalmente subterrâneo será feita pela LinhaUni, concessionária que tem como sócios a própria Acciona, com 47% de participação, a Société Générale (39,7%), Stoa (12,3%) e Transdev (1%).
A Linha 6-Laranja será capaz de atender cerca de 630 mil passageiros por dia quando entrar em operação no final de 2025. A obra sofreu um revés em fevereiro quando uma coletora de esgotos da Sabesp se rompeu e inundou os túneis e poços onde estavam os dois tatuzões da empresa.
Recentemente a construtora espanhola afirmou que deverá retomar a escavação dos túneis no final de agosto.
