Apesar do aumento da demanda, linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda tiveram queda na receita

Relatório de informações trimestrais da ViaMobilidade apontou que as bandas de mitigação de demanda ficaram mais amplas, reduzindo drasticamente os recursos de equilíbrio-econômico financeiro do contrato
Estação Presidente Altino (Jean Carlos)
Estação Presidente Altino (Jean Carlos)

Os recursos financeiros obtidos pela ViaMobilidade nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda são oriundos sobretudo das receitas por transporte de passageiros, além das receitas acessórias. A concessionária tem enfrentado problemas na geração de caixa no segundo trimestre.

A dificuldade financeira foi apontada no relatório trimestral do período e confirmada pelo CFO do Grupo CCR, Waldo Perez, durante teleconferência com acionistas.

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O diretor financeiro apontou que o maior desafio das linhas 8 e 9, para além das questões operacionais, é a queda nas receitas. A expectativa de demanda projetada não está sendo cumprida, apesar da tendência de elevação dos passageiros transportados.

Demanda prevista (STM)
Demanda prevista (STM)

O site teve acesso aos detalhes financeiros da concessionária onde está constatado uma variação negativa nas receitas das ViaMobilidade em -2%. O valor arrecadado foi de 215 milhões no segundo trimestre de 2023 contra 219 milhões no segundo trimestre de 2022.

Analisando as informações nota-se que, apesar do número de passageiros transportados no período ser menor no 2º trimestre de 2022, com 52,6 milhões de passageiros versus 57,8 milhões no 2º trimestre de 2023, o efeito de mitigação no contrato fez diferença na arrecadação total.

Passageiros nas Linhas 8 e 9 (CCR)
Passageiros nas Linhas 8 e 9 (CCR)

O contrato de concessão estabelece no Anexo VIII as regras para o mecanismo de compartilhamento de risco de demanda. Nos quatro primeiros trimestres de concessão, a ViaMobilidade receberia um valor adicional por passageiro não transportado caso a demanda prevista fosse menor a 95% da demanda projetada.

No segundo trimestre de 2022 isso rendeu à concessionária um aporte de R$ 43,9 milhões. Depois do primeiro ano de concessão o cálculo muda e passa a considerar o mecanismo de proteção caso a demanda real seja 85% menor que a projetada.

Aporte financeiro nas Linhas 8 e 9 (CCR)
Aporte financeiro nas Linhas 8 e 9 (CCR)

Devido ao fato da banda de proteção de demanda ser maior, ou seja, 15% da demanda, o valor recebido a título de tarifa de mitigação no trimestre anterior foi 90% menor, atingindo o valor de R$ 4 milhões.

Fato é que o retorno dos passageiros não tem sido o adequado diante dos cálculos da ViaMobilidade. A concessionária tem realizado adiantamento em investimentos que podem, dependendo da abrangência, acelerar o retorno dos passageiros para os ramais.

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14 comments
  1. A demanda de usuários voltou consideravelmente, mas a qualidade do serviço piorou, principalmente na linha 8, a que ela mais trata com desdém. Se ela quer mesmo um aumento de receita, deveria investir em melhorar essas linhas, pra que o usuário melhore a avaliação e não fuja delas.

  2. Ai depois vem pedindo socorro pro estado salvar ela

    “ain CCR tem dinheiro q o estado não tem”

    Conversa fiada, CCR não grana nenhuma

    1. Devolver para a CPTM ficar mais 30 anos sem comprar um único trem? A CPTM preferiu alugar trens pelo dobro do preço a comprar uma frota nova para a linha.
      Devolver para a CPTM ficar mais 30 anos sem reformar estações importantes como Gal. Miguel Costa, Antonio João, Imperatriz Leopoldina e Comandante Sampaio?
      Devolver para a CPTM ficar mais 30 anos operando com sinalização sucateada pois abandonou os contratos de modernização e levou equipamentos da Linha 8 para outras linhas?
      Devolver para a CPTM abandonar por mais 30 anos a manutenção das estações (que nunca foi realizada apesar dos recursos destinados pelo estado)?

      Pois foi dessa forma que a Linha 8 foi tratada pela CPTM.

      1. Que linha 8 que é essa que você anda? Que trem novo que é esse que a ViaMobilidade tá colocando agora na Linha 8?? Você já parou pra ver que ela tá colocando todos os 8900 na linha 9? o que você acha que vale mais? uma frota padrão de 8000 ”alugada” ou 7000 caindo aos pedaços depois de terem sido usados por todas as linhas?
        Que estações que são essas que a CPTM não reformou? sendo que a estação de Jandira por exemplo foi quase que totalmente reconstruída. Foram várias naquela época de 2010 inclusive…
        Vocês antigos membros do SSC só falam bobagem. No fundo devem pensar que são acionistas de empresas privadas.

  3. E isso é com a CCR sugando grande parte das receitas que deveriam ir pra as estatais e com garantias do estado pra evitar riscos.
    Essas concessões saem muito mais caras no estado do que o serviço público e ainda assim tem uma operação com qualidade pior.

  4. Depois que passou para a CCR a linha Diamante só piorou. Quando tenho compromissos em São Paulo, não pego mais o trem em Barueri, por causa dos atrasos, vou de carro mesmo. Quando era da CPTM eu confiava mais, e os trens eram mais limpos.

  5. Depois que a CCR assumiu a linha Diamante tudo piorou. Hoje em dia eu não utilizo mais o trem na estação Barueri quando tenho compromissos em São Paulo, eu prefiro ir de carro, porque com a Viamobilidade os atrasos são constantes e várias vezes não tem serviço. Tenhos saudades de quando era da CPTM, tinha muito mais comfiança e os trens eram mais limpos.

  6. pessoal tem que pensar que o governo estadual prometeu várias coisas na privatização da L4 ,L5 , L8,L9 na linha 4 atraso de 15anos na fase 2 da estações. bomba do série f na L5 . Na L9 L8 a queda de investimento de investimento em produtos de qualidade extremamente duvidosa , em relação a L10 L11 L12

  7. Se as concessões da CPTM fossem tão ruins assim, a CCR não estaria interessada em assumir todas as linhas… a fome dela é enorme! Aí tem…

  8. coitados deles gente :(((( o maior problema eh que os trens não tão dando dinheiro :(((( meu deus vamos todos sentir pena da viamobilidade que tristeeee

  9. Qual a finalidade de se fazer concessões, se o governo do Estado fez um cambalacho e banca e continua pagando obras inclusive como participação nos preços das passagens e todas as despesas com a CCR de São Paulo com a ViaMobilidade inclusive com reajustes abusivos do pedágio, tais fatos são omitidos de forma sorrateira da população, e poucos tem conhecimento, só a partir destas informações é que poderemos avalizar esta concessão se foi benéfica ou não!?
    O TCU-Tribunal de Contas do Estado e MPE-Ministério Público Estadual, deveriam ser mais atuantes atentos e rigorosos investigando com lupa estas perniciosas avaliações, licitações, concorrências e concessões estão sendo utilizadas como futuros trampolins políticos que estão causando enormes prejuízos para o Estado e não se deixar enganar por governantes e dirigentes demagógicos em que o discurso é um e a pratica é outra.

  10. Incrível ter um defensor falando de algumas obras exigidas em contrato.
    Pois bem, para ampla maioria dos passageiros era muito melhor nem reformar as estações citadas se mantivessem o transporte como estava antes.
    De que adianta reforma de estações se o trem está lerdo, se os intervalos estão altos, se o mato está crescendo demais, se os banheiros vivem sujos, se as portas dos trens não abrem por falta de manutenção.

    O que os passageiros querem é um serviço melhor, mesmo sem essas reformas que por sinal já estão muito atrasadas conforme o contrato de concessão.

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