Chineses são vistos como potenciais parceiros na desestatização da rede metroferroviária

Vice-governador apresentou na China uma vasta carteira de projetos para serem concedidos ou privatizados, incluindo todas as linhas da CPTM e a expansão do Metrô
Governo do estado mira chineses como potenciais compradores de concessões (Jean Carlos)
Governo do estado mira chineses como potenciais compradores de concessões (Jean Carlos)

As concessões e PPPs no setor de mobilidade sobre trilhos estão entre as políticas mais destacadas do governador Tarcísio de Freitas. Determinado a promover a desestatização deste setor, o governo tem focado esforços em oferecer ativos para vários investidores, incluindo os chineses.

Siga o MetrôCPTM nas redes: Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter

O vice-governador do estado de São Paulo, Felício Ramuth, participou nesta semana do evento Brazil China Meeting que reuniu empresários brasileiros e investidores na cidade de Shenzhen.

Vice-governador, Felício Ramuth, apresentado projetos para investidores chineses (LIDE)
Vice-governador, Felício Ramuth, apresentado projetos para investidores chineses (LIDE)

O mandatário teve como objetivo oferecer a larga carteira de projetos qualificados no Programa de Parcerias e Investimentos (PPI-SP). Ao todo são 21 projetos que somam mais de R$ 200 bilhões.

Dentre os projetos citados por Ramuth estão o TIC entre São Paulo e Campinas, cujo leilão deverá ocorrer no dia 29 de fevereiro. O trecho oeste, contemplando o traçado entre São Paulo e Sorocaba, também foi citado.

A concessão das linhas da CPTM foi apresentada, reforçando a pretensão do governo em conceder, num primeiro momento, as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, nominalmente citadas na apresentação de Ramuth.

Sobre o Metrô de São Paulo, o vice-governador abriu a possibilidade de expandir o sistema, sem necessariamente citar a desestatização ou repasse das linhas existentes.

O governo aposta não só em projetos ousados, mas também em regras de proteção, que visam minimizar os riscos da iniciativa privada ao assumir os projetos. Cláusulas relativas à proteção cambial, ou mitigação em caso de baixa demanda geralmente são adotadas.

“Os nossos mecanismos de proteção. Para mitigar risco cambial, garantir ao investidor que ele possa ter um risco menor. A missão do investidor, claro, e do parceiro privado é correr riscos, mas dá para minimizar. É possível minimizar esse risco, e nós estamos muito atentos a isso, com mecanismos de proteção dentro dos projetos”, disse Ramuth durante apresentação.

Os projetos para desestatização das ferrovias operadas por estatais ainda passam por fase de estudos e modelagem. O objetivo do governo é que neste ano as análises sejam concluídas para que os leilões, sobretudo da rede de trens metropolitanos, possam ocorrer em 2025.

Total
0
Shares
Antes de comentar, leia os termos de uso dos comentários, por favor
9 comments
  1. Engraçado é vc privatizar os serviços públicos e ver que quem controla a empresa privada é o governo de um país comunista, que vai lucrar em cima da gente. Parabéns aos políticos envolvidos e à população paulista que só quer acabar com os mais pobres.

    1. Uma coisa não tem a ver com a outra, você tá confundindo um governo comunista com socialista, um governo comunista ainda é capitalista, as privatizações jamais deveriam ocorrer em são paulo porque não há falta de dinheiro pra investir, mas se a intenção é unicamente expandir a malha totalmente com capital privado aí tem se o único ponto positivo de uma privatização num sistema como o de são paulo q é absurdamente eficiente porém insuficiente para a dimensão da cidade

  2. Agora sim a CCR ganhou um concorrente de peso, só espero que os chineses não criem uma nova ViaMobilidade, pois uma já demais.

  3. Se alguém ainda tinha dúvidas, aí está: o público-alvo desse (des)governo não é a população e sim os nobres “investidores”. Esse (des)governo não tem gestor, não tem administrador, só tem vendedores. Vendedores de sonhos. Estamos perdidos, pra não dizer algo pior que rima com perdidos e que dispara o detector de palavrões.

  4. Cerrrto… Aí vc pega uma estatal, que dizem que é ruim por ser estatal, e “vende” pra uma empresa de outro país com participação estatal… Sério?

    O problema não é existir empresa estatal. O problema é as estatais serem comandadas por idiot4s.

    Sem falar no complexo brasileiro de ser o único povo no mundo que é contra o que é serviço público.

  5. Estes liberais paulistas cariocas, querem fazer negócio com qualquer que possa assumir o trabalho deles! gestores do mínimo esforço com dinheiro público!

Comments are closed.

Previous Post

Cetesb concede licença ambiental para que obras comecem na estação São Joaquim, da Linha 1-Azul

Next Post
Composição teve pantógrafo avariado (Italo Augusto)

Trem da ViaMobilidade tem pantógrafo danificado em Presidente Altino nesta segunda (15)

Related Posts