As concessionárias do Grupo CCR tiveram avanços importantes no segundo trimestre do ano. A retomada do número de passageiros refletiu no resultado financeiro das empresas de forma positiva.
O site teve acesso às informações do 2º trimestre de 2024 e traz os principais destaques da primeira metade do ano.
Demanda
De forma geral as concessionárias tiveram aumento do número de passageiros transportados. Em São Paulo a empresa que registrou maior aumento foi a ViaMobilidade 5 e 17 com 42,6 milhões de passageiros transportados (+11,8%)
A ViaQuatro teve aumento do número de passageiros exclusivos de 13,5%, o que influencia diretamente na remuneração da empresa.
No primeiro semestre a empresa que mais transportou passageiros foi a ViaMobilidade 8 e 9 com 114 milhões de pessoas que utilizaram os serviços, um aumento de 0,9% em relação ao ano anterior.
O aumento dos passageiros, sobretudo na Linha 5, se deve ao efeito pós pandemia, além do aquecimento do setor de comércio e serviços na região.
Receitas e lucro
As concessionárias em São Paulo registraram aumento na receita no segundo trimestre, destacando-se a ViaMobilidade 8 e 9 com R$ 216,5 milhões (+4,7%).
No índice semestral o destaque vai para a ViaMobilidade 5 e 17 com aumento de 5,9% da receita, atingindo a marca de R$ 268,2 milhões.
No que se refere às margens de lucro líquidos, as empresas apresentaram resultados variáveis. Veja os números do primeiro semestre de 2024
- ViaQuatro: Lucro de 199,7 milhões
- ViaMobilidade 5 e 17: Lucro de R$ 39,9 milhões
- ViaMobilidade 8 e 9: Prejuízo de R$ 68,1 milhões
O lucro da concessionária ViaQuatro é um dos mais relevantes de todo o Grupo CCR, perdendo o posto apenas para a AutoBan (rodovias) com lucro de R$ 536,6 milhões no 1S24.
Investimentos
Os investimentos em curso no setor de mobilidade em São Paulo tem como principal foco a revitalização e modernização das linhas 8 e 9.
A infraestrutura em construção atingiu a marca de R$ 1,8 bilhão. Deste valor, mais da metade é destinada para a compra de novos trens da Alstom, totalizando R$ 1,2 bilhão. Cabe ressaltar que este valor é apenas a parte em fabricação e não o todo do contrato que é superior a R$ 2,1 bilhões.
O investimento em sistemas e energia é parte relevante e soma quase R$ 500 milhões em investimentos, sendo R$ 250 milhões em sistemas da Siemens e R$ 249 milhões na revitalização de estações e trens.
A oficina de manutenção e revisão geral de truques recebeu investimentos de R$ 25,5 milhões. O parque de reparos não faz parte das obrigações da concessionária, mas é parte estratégica de seu plano global de manutenção, já que atende às outras operadoras.
