CPTM fará aerolevantamento para ferrovia entre Santos e a divisa do Paraná

TIC para Santos deve ser o ultimo a ser construído (Erich Westendarp)
TIC para Santos deve ser o ultimo a ser construído (Erich Westendarp)

Como mostramos em primeira mão dias atrás, a CPTM se prepara para realizar estudos para criar um novo trem regional a partir de Santos no sentido de Cajati, no sul do estado.

A companhia deu mais um passo para tirar esse projeto do papel ao lançar um pregão eletrônico que contratará uma empresa para realizar o levantamento aerofotogramétrico planialtimétrico georreferenciado do chamado “Eixo Sul” do estado.

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Embora os documentos não mencionem a região, trata-se do traçado que parte de Santos, vai até Peruíbe e então se desloca para dentro do estado em direção a Registro e chega até Cajati.

Ligação da Baixada Santista com Cajati (Jean Carlos)

A ligação já existiu no passado e operou com passageiros até 1997 e com cargas até 2003, quando foi desativada.

O governo do estado já tem sinalizado a intenção de resgatar mais ligações regionais ferroviárias, mas até então não se tinha notícia de qual delas seria mais prioritária.

A empresa a ser contratada terá nove meses para produzir relatórios e mapas do traçado e de suas adjacências. As propostas deverão ser entregues até 13 de maio no sistema de compras do governo federal.

Traçado que será usado no levantamento chega até ao sul da região metropolitano de Curitiba (Reprodução)

Segundo a CPTM, apesar de o uso de “uma câmera de precisão embarcada em uma aeronave não seja uma técnica nova, inovações tecnológicas nas últimas décadas nos softwares, hardwares, câmeras fotogramétricas e sistemas de navegação por satélite permitiram a disseminação de levantamentos aerofotogramétricos planialtimétricos”.

O mapa do traçado disponibilizado pela CPTM traz como curiosidade uma extensão que inclui o estado do Paraná. O fim do trajeto a ser mapeado ocorre numa região próxima à BR-116 e ao sul do Aeroporto Afonso Pena, que atende a região de Curitiba.

A despeito disso, vale ressaltar que o governo paulista não teria autonomia para levar a ferrovia até o estado vizinho, exceto se existisse algum acordo entre ambaso so governos.

 

12 comments
  1. Mas a CPTM não tem capacidade técnica nem para operar e manter as suas linhas, que tiveram que ser concedidas devido a sua notória incompetência.
    Todo dinheiro que foi ali colocado sumiu sem deixar resultado.
    Não acredito que o governo vá cometer esse erro.

    1. A CPTM realmente não pode bater no peito e dizer que é sinônimo de qualidade. Isso é um ponto.

      Mas também não faz sentido pegá-la pra Judas, como alguns aqui parecem ter gosto em fazer.

      A empresa foi criada numa época na qual as linhas tinham padrões indianos de atendimento. E ainda por cima tendo que conviver com o setor rodoviário e a indústria automotiva em alta conta tanto do governo quanto da sociedade.

      De lá pra cá, a CPTM evoluiu a ponto de hoje atender um aeroporto! Parem de fingir que isso é pouco em comparação com o quadro inicial da companhia. Isso não é sobre ser oito ou oitenta.

    2. Realmente, tem nenhuma competência a empresa q resgatou, revitalizou, trocou todos os trens e botou linhas pra operar no padrão muito próximo do metrô, realmente nenhuma competência, a L11 operando manualmente com intervalos de 3.5min no pico, transportando mais q o “metrô” do Rio de janeiro, realmente nenhuma expertise, a viamobilidade de fato levou as linhas 8 e 9 pra outro nível né, agr temos pinturas (sujeira) nos trens, fogos de artifício durante operação, até mesmo trens fugindo dos trilhos querendo te levar direto na porta da sua casa 😀

  2. Eu vejo esse projeto com muito otimismo! Seria um impulso gigantesco na economia para ambos estados.
    O litoral sul de SP teria a oportunidade de se desenvolver muito e se tornar mais atrativo aos turistas dos dois estados.

  3. Esse era o papel da Emplasa, que o governo Dória extinguiu. A CPTM não possui capacidade técnica para realizar esse tipo de estudo.

  4. Bola dentro da CPTM e do governo do estado. Trens suburbanos, distantes dos centros maiores, tem um potencial enorme pra transformar bastante as regiões próximas e descentralizar o desenvolvimento do estado.

    Fora que o litoral tem uma carência crônica de infraestrutura, já que lá tudo que é público costuma ser bem pior do que na capital e interior. Esse projeto vai na contramão dessa lógica, por isso tomara que realmente saia do papel.

  5. Este projeto tem a cara da nova missão da CPTM. Requalificação de trechos ferroviários estratégicos, para reduzir a dependência rodoviária da cadeia logística brasileira.

    Apesar da ‘opinião’ do Sérgio, esta empresa pública entregou trechos revitalizados de ferrovia metropolitana com qualidade de Metrô, operando em condições e desempenho melhores do que a concessionária opera atualmente, custando uma fração do preço desembolsado pelo pagador de impostos atualmente.

  6. Nessas linhas desativadas, eu vejo uma boa oportunidade de se implementar shortlines (linhas curtas).
    Elas são muito comuns nos EUA e Canadá, e tem sido a tábua de salvação para linhas desativadas.

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