Em dois anos, futuro pátio de manutenção da Linha 17-Ouro mostra “avanço” na vegetação

Enquanto obras tiveram evolução modesta desde o final de 2020, árvores e mato cresceram como nunca no canteiro administrado pelo Consórcio Monotrilho Ouro
Novo track-swith sendo preparado (iTechdrones)

Dois anos atrás, a empresa Coesa Engenharia estava prestes a assinar o contrato para executar as obras civis remanescentes da Linha 17-Ouro do Metrô. O prazo para concluir os trabalhos, de 30 meses, deveria ocorrer em meados do ano que vem, mas, como se sabe, há pouca chance disso ocorrer diante da lentidão dos trabalhos.

Ao menos algo tem avançado constantemente no Pátio Água Espraiada, onde será feita a manutenção dos trens de monotrilho: trata-se da vegetação que brotou no canteiro de obras e está cada vez mais volumosa.

Uma comparação com imagens captadas pelo canal iTechdrones em novembro de 2020 e neste final de semana revela claramente que algumas árvores nascidas nas margens do piso principal do pátio cresceram vigorosamente.

Construído sobre um piscinão, o pátio deve ter toda essa área urbanizada quando for concluído, porém, enquanto isso o mato toma conta de vários lugares e deve evoluir bastante já que há muito ainda a fazer antes do assunto ser foco do Consórcio Monotrilho Ouro, agora formado não apenas pela Coesa mas também a KPE, ambas de propriedade do grupo OAS.

A Linha 17 avança… no volume das árvores e vegetação (iTechdrones)

À parte a ironia sobre o “avanço da vegetação”, as obras no local ganharam alguns capítulos importantes nas últimas semanas. Quem sabe um sinal de que a lentidão pode estar com os dias contados finalmente.

O consórcio está, por exemplo, construindo um track-switch na via principal do ramal, ao lado do pátio, e para isso descarregou várias vigas-trilho fabricadas há anos para esse trecho.

O avanço da obra em dois anos: Metrô conseguiu construir uma estação na Linha 15 nesse mesmo tempo (iTechdrones)

No pátio propriamente dito, há sinais de construção da rampa que permitirá que os trens da BYD SkyRail possam acessar o piso térreo já que se trata de uma estrutura com dois andares. A área de acesso ao pátio também parece evoluir, algo importante já que o primeiro dos trens de monotrilho deverá chegar ao Brasil em 2023.

Há, contudo, muita coisa começada e não terminada, uma estranha atitude da empresa, que transparece pouca preocupação em cumprir prazos. Veja o caso da caixa-d’água, iniciada há tempos e até hoje não finalizada. Mesma situação da cobertura do prédio principal, que está com as clarabóias pela metade ou menos que isso. A fabricação de vigas-trilho in loco também tem evoluído, mas há muitos espaços vazios até o momento.

Vale lembrar que no mesmo prazo de dois anos o próprio Metrô conseguiu construir uma nova estação da Linha 15-Prata, Jardim Colonial. Um indício bastante claro que é possível avançar com um projeto desse tipo em tempo menor.

Veículo de via da BYD sendo içado (iTechdrones)

Novo veículo de via

Durante a gravação, o iTechdrones flagrou o içamento do que parece ser um novo veículo de via da BYD SkyRail, que seria colocado na viga-trilho próximo ao pátio. Trata-se de um aparelho maior que os demais hoje usados para checar o gabarito das vigas, um possível sinal de que a instalação de sistemas pode estar perto de ser iniciada.

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  1. O interessante foi a briga no judiciário feito por essa empresa. Outras obras dela avancam muito,mas essa não acontece a mesma situação.

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