Empresa que atrasa obras da Linha 17 é habilitada a construir estação Ipiranga, da Linha 15-Prata

Projeto da futura estação Ipiranga da Linha 15-Prata
Projeto da futura estação Ipiranga da Linha 15-Prata (GPO/Sistran)

O Metrô de São Paulo aceitou a proposta do Consórcio Expresso Ipiranga para a construção da estação Ipiranga, da Linha 15-Prata, além de vias e outros sistemas associados. A empresa havia pedido R$ 448 milhões para executar o serviço, mas após negociações baixou sua proposta para R$ 445 milhões.

Com isso, a companhia declarou o consórcio vencedor, passando agora a ocorrer a fase em que será constituída a empresa responsável e a produção do contrato. Cabe, no entanto, recurso administrativo pelos demais competidores, os consórcios EBS (Engibras, S.A. Paulista de Construções e Comércio e Benito Roggio E Hijos), Agis Consórcio Linha 15 – Metrô-SP (Agis Construção e Agis Sistemas Eletromecânicos) e Consórcio Construtor Linha 15 – Prata (Heleno & Fonseca Construtécnica e Nova Engevix Engenharia e Projetos).

O Consórcio Expresso Ipiranga é formado pela Álya Construtora e Coesa Construção e Montagens. A primeira é a nova denominação da construtora Queiroz Galvão enquanto a segunda é parte do antigo grupo OAS, hoje renomeado como Construtora Coesa.

As duas empresas são sócias no Consórcio Expresso Monotrilho Leste, junto da Alstom, e são responsáveis pela implantação das vias da Linha 15-Prata e fabricação dos trens.

A Coesa, no entanto, tem sido questionada há meses pela lentidão nos trabalhos que envolvem a conclusão das obras civis da Linha 17-Ouro. Ela venceu a licitação após uma disputa na Justiça quando conseguiu desclassificar a Constran, primeira colocada no certame.

Placa do Consórcio Monotrilho Ouro: enquanto atrasa obras da Linha 17, Coesa vai assumir outro projeto do Metrô (Jean Carlos)

Após assinar contrato com o Metrô em novembro de 2020, a Coesa deu início ao serviço no mês seguinte, com prazo de conclusão em junho deste ano. Logo ficou claro que faltava fôlego financeiro para ela, que ganhou a companhia da KPE em julho de 2021, outra filial da OAS.

Apesar disso, a evolução da obra na Linha 17-Ouro segue bem abaixo da expectativa a ponto de o Metrô ter admitido que está cobrando o consórcio por meio de processos administrativos.

Proposta acima do esperado

Os mesmos integrantes do consórcio Expresso Ipiranga também concorriam na licitação de obras viárias na Avenida Ragueb Chohfi e regiões das estações Oratório e São Mateus. A empresa foi a única a apresentar proposta, de R$ 250,6 milhões, valor que está 33% acima do orçamento calculado pelo Metrô.

Após serem instadas a reduzir seu preço, a Álya e a Coesa (consórcio Expresso Ragueb) concederam um desconto de apenas 2,8%, o que foi considerado insuficiente pelo Metrô. Com isso, a proposta foi desclassificada e a companhia terá de promover uma nova licitação.

Previous Post

Trem reformado do Metrô que estava parado desde 2015 retorna ao serviço

Next Post

Tuneladora da Linha 2-Verde será batizada como “Cora Coralina”

Related Posts