A extensão da Linha 4-Amarela até o município de Taboão da Serra deve demorar mais do que o anunciado pelo governo do estado.
É o que sugere o Relatório Ambiental Preliminar produzido pela ViaQuatro em dezembro passado e ao qual o MetrôCPTM teve acesso.
Segundo um cronograma atualizado a respeito do Plano Ambiental do novo trecho do ramal, a obtenção da Licença de Operação está prevista para o 2º trimestre do 6º ano do projeto.
Embora não traga datas, a planilha abaixo identifica o atual estágio do projeto ao citar a obtenção da Licença Ambiental Preliminar, que ocorreu em dezembro (linha vermelha).

Portanto, o “Ano 1” se refere a 2025, o que faz com que a Licença de Operação seja emitida apenas em 2030, ou dois anos depois do que a atual gestão anunciou. Somente com a autorização será possível iniciar a circulação de trens no novo trecho.
Um documento ambiental anterior, também produzido a pedido da concessionária da Linha 4, tinha prazos mais genéricos, porém, em linha com a previsão do governo.
Nele a obtenção da Licença Preliminar deveria ocorrer no segundo semestre de 2024, o que foi confirmado, e as obras também começarem nesse período – o que não ocorreu.

Nesse cenário agora desatualizado, a implantação da extensão de 3,3 km levaria cerca de 4 anos. Já no novo documento isso consumirá 5 anos, contando que o início das obras está marcado para o 2º trimestre deste ano.
Investimento de R$ 3,4 bilhões
Desde que assumiu o governo, Tarcísio de Freitas tem prometido tirar do papel a extensão da Linha 4 até Taboão da Serra, que passou a ser um projeto a ser feito pela ViaQuatro após uma mudança legislativa bancada pelo antecessor, João Doria.

Após destinar recursos para que a concessionária aprofundasse os estudos, Tarcísio anunciou que a obra, orçada em R$ 3,4 bilhões, iria ter início em dezembro passado com entrega em 2028.
São previstas duas estações e uma saída de emergência no trecho: além de Taboão da Serra, também Chácara do Jockey. Essa estação passa por uma revisão de projeto em virtude de reclamações de moradores sobre a supressão de mata no parque de mesmo nome.
O governo estima atrair mais 150 mil usuários para o ramal metroviário quando a expansão for concluída.