A Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI), do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), avaliou a Manifestação de Interesse Privado (MIP) enviada pela Acciona envolvendo a Linha 16-Violeta do Metrô.
Em agosto a construtora espanhola propôs aprofundar estudos para implantar o ramal metroviário em uma versão inicial de 16 km e 16 estações com um traçado diferente para evitar concorrência com a Linha 6-Laranja,
Em parecer técnico, a secretaria concluiu que a Acciona atendeu aos requisitos para garantir que a linha tenha uma vida útil de 100 anos e possa ser concedida como uma Parceria Público-Privada (PPP).
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No entanto, a equipe da SPI constatou que as informações fornecidas carecem “de maior detalhamento dos estudos/levantamentos que permitissem chegar nos resultados da modelagem simplificada apresentada”.
Também foi notada a ausência de indicação de parâmetros objetivos para comparar a eficiência com outras modalidades de contratação.
Por essas razões, o parecer técnico determinou que a empresa espanhola forneça mais detalhes “quanto aos estudos preliminares necessários em engenharia, ambiental e de desapropriação, com o objetivo de demonstrar a viabilidade técnica da parceria no caso concreto”.
O governo estadual solicita ainda que sejam incluídas mais premissas de receitas, demanda, modelo operacional, inputs e parâmetros de CAPEX (investimentos) e OPEX (operação).
“Após complementação pela proponente, o projeto pode prosseguir para análise final desta SPI”, diz o relatório emitido na segunda-feira, 2.
“Linha dos parques”
A Linha 16-Violeta surgiu por volta de 2018 como uma alternativa à extensão leste da Linha 6-Laranja. O Metrô, no entanto, criou um traçado diferente nas pontas, indo da estação Oscar Freire até Cidade Tiradentes na versão mais recente.
O ramal prevê importantes conexões com a malha sobre trilhos e pode equilibrar a demanda sobretudo na Zona Leste ao ser uma alternativa para passageiros que utilizarão as linhas 2-Verde e 15-Prata.
O traçado proposto pela Acciona também atenderá alguns parques importantes da cidade como o da Aclimação e o Ibirapuera a ponto de a atual gestão chamá-la de “Linha dos parques”.
Embora o governador Tarcísio tenha sugerido que o projeto pode começar a sair do papel em 2026 é pouco provável que isso ocorra, em vista da enorme quantidade de etapas e desafios que a Linha 16 ainda terá de enfrentar.
