Impressora 3D e armazéns automatizados modernizam manutenção no Metrô de São Paulo
Tecnologias aplicadas no Pátio Jabaquara reduzem custos, agilizam processos e reforçam segurança no controle de peças e materiais, segundo companhia

O Metrô de São Paulo implantou recentemente duas soluções tecnológicas com intuito de otimizar sua manutenção e logística: uma impressora 3D industrial de alta performance e armazéns verticais automatizados. As iniciativas foram desenvolvidas no Pátio Jabaquara e já apresentam resultados expressivos em economia de tempo e recursos, segundo a empresa.
A impressora 3D é capaz de produzir peças técnicas, ferramentas, protótipos e componentes sob demanda com materiais de engenharia como nylon e fibra de carbono, operando em temperaturas de até 500 °C.
Um dos destaques é a produção do chamado “batoque” do sistema de aterramento. A peça, que custa cerca de R$ 8.400 no mercado, está sendo fabricada internamente por apenas R$ 88. O primeiro lote, com 100 unidades, gerou uma economia de R$ 795 mil — quase o dobro do valor investido no projeto da impressora, que incluiu ainda um scanner portátil 3D e softwares de modelagem.
Com essa estrutura, o Metrô consegue reduzir prazos de produção de um ano para até 15 dias, além de reproduzir peças antigas com o uso do scanner a laser. O projeto teve origem em 2022, dentro do Programa de Laboratório de Ideias (PLIM), e envolve diferentes áreas da empresa, com possibilidade de ampliação para outras aplicações.

Estoque inteligente com armazéns verticais
Outro avanço foi a instalação de dois armazéns verticais automatizados (AVEPs). Cada unidade tem 12 metros de altura e comporta até 78 bandejas móveis, com capacidade para 500 kg por compartimento. Ao solicitar um item, o sistema identifica a bandeja correta e projeta um feixe de laser para indicar o material, otimizando a separação com mais precisão e segurança.
Integrados ao sistema de gestão SAP, os armazéns permitem o rastreamento em tempo real dos materiais. Uma das unidades já está em funcionamento com cerca de 800 itens armazenados, enquanto a segunda está em fase de ajustes finais. A automação reduziu em dois terços o tempo necessário para separação de peças e melhorou o controle de insumos mais valiosos ou suscetíveis a desvios. O investimento em cada armazém foi de R$ 1,5 milhão.