A Linha 10-Turquesa atende a uma das regiões mais populosas de São Paulo, o Grande ABC. Entremeada por indústrias e um crescente conjunto residências, a região deverá ganhar destaque nos próximos anos.
Prevendo o aumento na demanda de passageiros, a CPTM está atuando em duas frentes para aumentar a oferta de viagens para os passageiros. Por um lado a estatal irá construir uma nova subestação, enquanto em outro trabalha na finalização do sistema de sinalização CBTC, hoje só utilizado em linhas do Metrô.
Nova subestação
No final de novembro, a CPTM abriu nova licitação para a construção da subestação retificadora de Santo André. O novo equipamento irá substituir a atual cabine seccionadora existente no local.
Com potência estimada em 8MW, a estrutura deverá realizar a conversão de 34,5 kV (linha interna da CPTM) para valores menores, de 13,8 kV (sinalização) e 3kVcc (tração dos trens). A linha interna de distribuição de energia será proveniente da subestação São Caetano ou Ribeirão Pires.

Segundo a CPTM, três vias deverão ser alimentadas pela nova subestação. Uma quarta via e um novo pátio também serão incluídos após sua construção no futuro. O foco é permitir o aumento da potência instalada de 29 MW para 37 MW, permitindo assim intervalos de até 3 minutos entre trens.
O orçamento para a construção desta Subestação é orçado em R$ 69,6 milhões. O prazo para execução das obras é de 18 meses, acrescido de seis meses para operação assistida.

Novo sistema de sinalização
A CPTM retomou nos últimos anos o projeto para a implantação do sistema de sinalização CBTC na Linha 10-Turquesa. Este modelo de sinalização permitirá a detecção do trem com maior precisão em lugar do atual sistema de blocos fixos.
Ao longo das vias estão sendo implantados equipamentos como postes com antenas de rádio e sinaleiros (veja galeria abaixo).
A consequência da modernização do sistema é a possibilidade da redução do intervalo entre trens em até 180 segundos. O investimento na implantação do CBTC é de € 169,6 milhões com previsão de ser finalizado até o final de 2024.
“Padrão Metrô”
Os investimentos realizados pela CPTM ao longo dos últimos anos não apenas melhoram a operação, como também otimizam a empresa para prestar um serviço de “padrão Metrô”, termo usado de forma eleitoral anos atrás, mas que se encaixa nas futuras características do ramal.
O que há alguns anos poderia ser considerado impossível, hoje dá sinais de realidade. O processo de modernização da malha do trem metropolitano constitui-se como uma das bases para o avanço socioeconômico das regiões cortadas pela ferrovia.
