Metroviários ameaçam greve no Metrô no dia 13 de junho

Sindicato está planejando nova paralisação em meio às negociações sobre reajustes e benefícios. Entidade também pede por mais contratações
Trem da Linha 2-Verde (Jean Carlos)

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo pretende realizar uma nova greve nas linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata no dia 13 de junho caso o Metrô não aceite as reinvidicações da categoria.

Em assembléia realizada na noite desta quinta-feira na sede da entidade, a presidente do sindicato Camila Lisboa afirmou que o Metrô havia pedido mais dois dias para tentar melhorar a proposta apresentada dois dias antes, mas que manteve os mesmos itens.

Segundo ela, a companhia não assume o pagamento dos “steps” (valor extra no salário) para o ano que vem nem inclui cesta de natal. O sindicato também pleiteia novos concursos públicos para ampliar o quadro de funcionários que estaria defasado. “A contratação por meio de concurso público e a reintegração dos demitidos de 2020 é essencial para diminuir a sobrecarga de trabalho e o adoecimento da categoria”, afirmam.

Veja outros itens pleiteados:

  • aumento no índice de reajuste para os salários
  • reajuste o VA e VR de acordo com a defasagem imposta pelos anos de inflações em alimentos
  • volta do pagamento da cota extra do VA (vale-peru)
  • repasse de recursos financeiros para o Plano de Saúde do Metrus
  • retirada das advertências verbais aos OTs (operadores de trens) por não darem treinamento anti-greve (Plano de Contingência)
  • não demita os trabalhadores da Linha 15 envolvidos na colisão de 8 de março

“O governador Tarcísio parece um cara que gosta de confusão porque ele gerou a confusão do dia 23 de março quando ele não atendeu a reinvidicação da categoria”, disse Camila. A presidente, no entanto, disse que a categoria está aberta a seguir discutindo com o Metrô para evitar a greve. Também propôs “catraca livre” no dia 13 para não prejudicar os passageiros.

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A categoria abriu votação com prazo de 24 horas para definir se os metroviários aprovam realizar uma nova assembleia no dia 12 e greve no dia seguinte – resultado será divulgado na noite desta sexta-feira (2).

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8 comments
  1. Aí ai, pelo visto a CMSP logo logo não vai existir mais. Além que ter um Governador a favor das concessões, os caras ficam fazendo greve, receita para a privatização…

  2. Mas que reivindicações são essas? Retirar advertência de quem se recusou a fazer seu trabalho? Não demitir quem foi incompetente e estava usando celular quando deveria estar prestando atenção no trabalho? Sinceramente, podem até dizer que greve é um direito constitucional e etc. mas greve por ESSES motivos é rir na cara da população.. Não sou a favor das privatizações mas nesse caso o Tarcísio ta cometendo um grande erro em privatizar a CPTM e não a CMSP

  3. Bom dia David vamos lá, primeiro fato das advertências isso não faz parte do trabalho até pq existem procedimentos e instruções que dão direito de negativa dos empregados a não treinar gente qualificada e que vai por mão no trem no treinamento e depois só na greve pondo em risco a população que embarcar. Segundo vc deveria pesquisar melhor sobre o acidente da linha 15 e não ir na onda da mídia e ver o que realmente aconteceu ( o rádio não funciona em boa parte da linha por exemplo além do funcionário precisar de acento para a frente pra poder fazer a tarefa e simplesmente não existir). Os motivos não são apenas esses mas esses dois são justificáveis, além dos reajustes econômicos que estão defasados para eles. Além disso existe o pedido de um compromisso documentado de contratações pois existe a necessidade real ( até está sendo verificada pelo MP após denúncias).

  4. Espero que os metroviários consigam o que estão reinvindicando, melhor vai ser se a greve não tiver que acontecer, mas se é disso que precisa pra ir contra o sucateamento e poucos direitos trabalhistas, então que seja, apóio os metroviários.

  5. Banalizar greve só prejudica o usuário que não tem pra onde correr, já que o judiciário permite isso e não está nem aí. Muito triste essa situação. Já virou rotina os operadores de todos os tipos de transporte acharem que seu trabalho é um favor para a população sendo que o usuário paga pelo serviço e não é pouco.

  6. eu acho engraçado que toda vez que surge o assunto greve, tem aqueles que pedem privatização, como se toda a estrutura de um serviço estivesse a venda condicionada a paralisação de seus trabalhadores. como se o funcionário não pudesse reivindicar nada sob pena de perder seu emprego.

    greve é um direito constitucional e cabe a justiça do trabalho julgar se foi abusiva ou não. e até mesmo para respeitar a lei, o sindicato necessita avisar com antecedência de 72 horas sobre a greve, mesmo que depois decida não entrar.

    concordo que a greve nos transportes prejudica toda a cidade, e quem paga o pato maior é sempre o usuário que necessita do transporte. mas aí eu pergunto: o governo e a direção da empresa estão preocupados com a população quando não negocia com a categoria quando há estado de greve? o culpado é sempre os trabalhadores, nunca é o governo do estado ou a empresa? e esse mesmo usuário, não é penalizado diariamente pela forma com que a empresa e o governo tratam o transporte público, mesmo sem ter greve?

    esses dias tivemos paralisação nos ônibus pela manhã, sem aviso prévio para a população, pegando muita gente de surpresa, e não vi a mesma indignação. e o que faz nesse caso? privatiza o privatizado? será que a privatização resolveu o problema dos usuários dos ônibus de SP? será que a privatização foi benéfica aos trabalhadores dos ônibus? será que mandar embora resolve os problemas de violação do anjo da guarda, redução de ônibus e pressão para que motoristas cumprem intervalos reduzidos com menos condições?

    enquanto a população enxergar o trabalhador do transporte (e o trabalhador em geral) como inimigo, quem está lá em cima no poder e tem seus interesses atendidos pelas autoridades, como uma máfia, vai continuar ganhando rios de dinheiro sem ser questionado, e o povo sofrendo.

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