O imbróglio operacional e financeiro da Supervia acaba de ganhar um novo capítulo. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), maior credor da empresa, deverá executar uma dívida bilionária diante da falta de acordo com o governo do Rio de Janeiro.
O valor da dívida da Supervia ao BNDES é de R$ 1,3 bilhão. O financiamento, que foi concedido no ano de 2013, foi utilizado para melhorias no sistema ferroviário fluminense.
O valor gerou uma série de benfeitorias como a compra de novos trens, recapacitação da estrutura ferroviária e aumento na qualidade do serviço. A operadora chegou a transportar 620 mil passageiros por dia em 2016.
O BNDES, por sua vez, é obrigado a cobrar a dívida por questões de governança do banco estatal, segundo o diretor jurídico, Walter Baère.
“O BNDES, por ser uma empresa pública que investe em desenvolvimento, tem como maior preocupação a própria concessão e a melhor prestação do serviço. O banco é obrigado, por questão de governança, a promover a execução”.
O diretor ainda alerta sobre a questão do colapso do sistema ferroviário, algo que apesar de noticiado ainda não ocorreu, mostrando uma resiliência bastante robusta para manter a operação.
O banco tentou ao longo de um ano e sete meses chegar a um acordo entre a concessionária e o governo, algo que não ocorreu. O BNDES até vê alguma saída, como a renegociação da dívida, revisão do contrato e alongamento dos prazos.
Por parte do governo do Rio de Janeiro parece não haver ainda um plano estabelecido, protelando ao máximo a situação precária do subúrbio fluminense.
“Lamentamos muito que o Estado não tenha um plano factível para que haja investimentos, os investimentos que esse modal precisa para retomar, atender com dignidade, com qualidade a população da região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro”, disse Walter Baère.
Seria este um novo capítulo da saga “um finge que paga, e o outro finge que recebe”???
engraçado que os outros países aliados do governo atual tem as dívidas perdoadas na canetada, agora uma operadora nacional de infraestrutura e serviço essencial tem sua divida cobrada pela justiça.
quais seriam essas dividas e esses países?
e porque uma concessionária particular, com acionistas majoritário estrangeiros não pode ser cobrado?