O Metrô realizou nesta quinta-feira, 8, a sessão pública de recebimento de propostas da licitação de adequação viária de trechos da Linha 15-Prata na Avenida Ragueb Chohfi e outras áreas do monotrilho. No entanto, apenas um consórcio compareceu, o “Expresso Ragueb”, formado pelas empresas Alya Construtora e a Coesa Construção e Montagens.
O consórcio entregou uma proposta comercial com 311 folhas em que definiu o preço do serviço em R$ 250,6 milhões. Após a abertura da proposta, o Metrô então solicitou aos representantes da empresa a proposta técnica a fim de analisar o conteúdo e então prosseguir com sua seleção ou não, o que será conhecido em ocasião futura. O Expresso Ragueb tem até o dia 14, próxima quarta-feira, para entregar as planilhas de serviços e preços e documentos de habilitação.
O escopo do projeto envolve preparar a Avenida Ragueb Chohfi para receber as vias do monotrilho após Jardim Colonial. O Metrô também incluiu algumas mudanças viárias na região do Pátio Oratório e próxima à estação São Mateus, na chamada “Baia de regulagem”.

Outra Coesa na Linha 17
Para quem se lembra, a Coesa é uma das responsáveis pelas obras remanescentes da Linha 17-Ouro, também de monotrilho. Ela venceu a concorrência após conseguir desclassificar a Constran na Justiça. No entanto, os trabalhos têm se arrastado desde o início de 2021, mesmo com a entrada de uma segunda empresa, a KPE.
No entanto, a “Coesa” que é sócia do Consórcio Expresso Ragueb tem outro CNPJ que a Coesa Engenharia, da Linha 17. Apesar dos diferentes CNPJ, ambas compartilham o mesmo endereço legal, no Itaim Bibi, e forneceram o e-mail de um funcionário da OAS, empresa baiana que é a controladora de ambas e também da KPE.
Assim como sua “irmã”, a Coesa Construção e Montagens também aparece em recuperação judicial. Já a sócia Alya, tem como sede um endereço em Caraguatatuba, no litoral paulista. O e-mail que consta em cadastros públicos é de um funcionário da Queiroz Galvão, empreiteira que é sócia da OAS no Consórcio Monotrilho Leste (CEML).
O CEML foi responsável pela construção das vias da Linha 15-Prata e também os trens Innovia 300, nesse caso, trabalho da sócia Bombardier (hoje Alstom).
