Um dos projetos mais emblemáticos do Metrô, a Linha 16-Violeta teve os estudos repassados pelo governo do estado à construtora Acciona.
A empresa espanhola foi contratada por R$ 42 milhões para aprofundar o levantamento de informações técnicas, financeiras, legais e comerciais do ramal, que no seu formato final deverá ligar a estação Oscar Freire até Hospital Cidade Tiradentes.
A Acciona deve entregas os estudos em maio, quando então a Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) irá avaliar os dados e então preparar o lançamento de um edital de concessão.

A despeito da decisão de abandonar o projeto preliminar do Metrô, que previa um percurso diferente do proposto pela construtora, a Linha 16 nunca foi oficialmente retirada do escopo da companhia estadual.
No entanto, um documento divulgada pelo Metrô nos últimos dias confirma que o novo ramal já não está mais em seus planos.
O plano de negócios 2025 da empresa cita os atuais ramais em construção e expansão e também as linhas 19-Celeste, 20-Rosa e 22-Marrom entre seus objetivos para o ano. Portanto, excluindo a Linha 16-Violeta de suas atribuições.
A informação não chega a surpreender já que a gestão Tarcísio de Freitas tem se mostrado otimista em conceder o ramal antes mesmo que outros projetos mais antigos.

A Acciona propõe implantar a Linha 16-Violeta em um percurso inicial menor, entre Oscar Freire e Abel Ferreira. E colocar a extensão até o extremo leste como opcional.
O interesse pela linha envolve complementar a Linha 6-Laranja, que terá uma ligação com ela na estação Parque da Mooca. Por isso o ramal será deslocado mais ao sul do bairro da Aclimação a fim de evitar uma sobreposição.
Para a Associação de Engenheiros e Arquitetos do Metrô (AEMESP), o repasse dos estudos da Linha 16 para uma empresa privada foi considerado um erro. A entidade alega que a companhia tem toda condição técnica para aprofundar os estudos e sem um custo extra para os cofres públicos.
A despeito disso, o Metrô está avançando com os projetos das linhas 20 e 22 e vai gerenciar a construção da Linha 19-Celeste. A operação, no entanto, ainda é uma incógnita.