Publicado o edital de licitação do Trem Intercidades Eixo Norte

Concorrência internacional concederá o serviço expresso de trem regional entre São Paulo e Campinas, o Trem Intermetropolitano e a Linha 7-Rubi. Leilão está marcado para 28 de novembro
Trem regional de dois andares (Pixabay)

O governo do estado, por meio da Secretaria de Parcerias em Investimentos, tornou público o edital de concessão do Trem Intercidades Eixo Norte, um pacote que inclui o trem regional expresso entre São Paulo e Campinas, o Trem Intermetropolitano, entre Francisco Morato e Campinas e a Linha 7-Rubi, que irá operar a partir da estação Palmeiras-Barra Funda e Francisco Morato.

A entrega das propostas está marcada para 28 de novembro às 15h em local ainda não divulgado. O custo estimado do projeto é de R$ 12,8 bilhões.

Trata-se do fim de uma longa espera pelo primeiro trecho de trem regional no estado de São Paulo. O projeto está em pauta há várias gestões, tendo evoluído lentamente à medida que deixou de ser um serviço mais veloz e ambicioso para se tornar um trem de média velocidade, que ligará a capital paulista a Campinas em viagens de pouco mais de uma hora.

A gestão do atual governador Tarcísio de Freitas acabou cumprindo a promessa de colocar o edital no mercado no final de março e confirmou os planos de realizar o leilão em novembro, um longo período para que o projeto seja discutido pelos potenciais interessados.

Apesar disso, a concessão do TIC Eixo Norte será um processo lento, que começará com a operação da Linha 7-Rubi da CPTM. Após isso será preciso investir na segregação das vias até Campinas para permitir a implantação do serviço TIM, com trens metropolitanos indo de Francisco Morato a Campinas. Só então, perto do final da década, o serviço expresso terá início.

Segundo o governo, foi estabelecido um período de 240 dias para que os possíveis interessados tenham tempo de analisar os documentos do edital até o leilão. A tarifa estimada para o serviço expresso será de R$ 64 em valores atuais.

O trajeto do Trem Intercidades Eixo Norte

Tudo depende também da parceria com as concessionárias de carga Rumo e MRS, cuja faixa de domínio é de sua responsabilidade. Elas renovaram seus contratos com a condição de investir na separaração dos trilhos de carga e passageiros. Mas por responderem ao governo federal, elas não têm vínculo direto com o Trem Intercidades, apenas acordos que visam estabelecer um trabalho conjunto.

A publicação abre caminho para que o governo estadual avance nos outros eixos de Trem Intercidades, com prioridade para o TIC Eixo Oeste, que permitirá o serviço até Sorocaba. Em seguida, deve ser levado à frente o TIC Eixo Leste, até São José dos Campos, e por útimo o TIC Eixo Sul, até Santos e que é o mais complexo e caro.

Total
0
Shares
Antes de comentar, leia os termos de uso dos comentários, por favor
15 comments
  1. Entrega pra iniciativa privada (leia-se CCR q foi a ganhadora de todas as concessões até agora) e transforme a Linha 7 – Rubi num puxadinho da incompetência que marca as linhas 8 e 9…

    Já está muito claro que a iniciativa privada, pela sua própria filosofia, não pode e não consegue prover uma operação de qualidade nesses ramais antigos que são muito mais manuais, maiores, com maior fluxo e dependem de muito mais mão de obra (técnicos, maquinistas, engenheiros).

    A experiência na linha 8 e 9 já provou que um sistema antigo além de muita experiência por parte de seus funcionários, demanda muito mais intervenções e manutenções apenas para manter o ramal operando como está, quem dirá para melhorá-lo ou inserir novos equipamentos e tecnologias.

    A própria filosofia de lucro (q claro determina a vida da empresa privada) impede que isso acontece de forma rápida ou pior, que isso chegue a acontecer. Além de se reduzir custo com pessoal, para manter o balanço o mais lucrativo o possível, se reduz o custo com as manutenções e custos de conservamento.

    Não adianta fugir desse fato. Lucro é uma prioridade! A empresa precisa pagar suas contas e fazer dinheiro, esse inclusive é um argumento que desencadeia a concessão, mas ao buscar essa rentabilidade, a Viamobilidade (e qualquer outra concessionária) corta o dinheiro necessário para manter a linha no mesmo nível que a CPTM e quem sofre é o usuário.

    Basta andar uma viagem na linha 8 e 9 para ver trens com pantografos presos com enforca-gato, para-brisas rachados, portas inoperantes, cabines de maquinistas sem cadeira, ar-condicionados inoperantes. Algo que não acontecia e não acontece com a mesma fração na CPTM nos últimos anos, justamente porque a banda de investimentos e custos, por pior q seja o financiamento, ainda é melhor.

    As linhas 8 e 9 saíram de uma média de 20, 30 falhas por ano com a CPTM (nos últimos anos) para incríveis 157 falhas em apenas 14 meses de Viamobilidade. Sem contar do vergonhoso caso dos vagões de brita vagando pela via principal em Osasco, a batida em Júlio Prestes e a morte de um funcionário eletrocutado.

    Não é preciso ser especialista para perceber que os constantes descarrilamentos que acontecem sob o guarda-chuva da Viamobilidade são causados por falta de manutenção e conservação da via permanente, visto q eles não aconteciam na CPTM naquelas linhas. Vejam q nas 5 linhas q continuam com a estatal, não houve um descarrilamento com trens metropolitanos no mesmo período.

    Isso não é coincidência, é o sintoma da mão de obra reduzida, pior paga e sobrecarregada que assusta ferroviários experientes e inviabilizam o trabalho produtivo dos que ficam.

    Privatizar, conceder, e afins não são a solução. A CPTM tem experiência, funcionários e todo um sistema que já cuida dos trens metropolitanos, a empresa só precisa de financiamento!

    E goste a gente ou não, sejamos a favor da privatização ou não, o custo de uma empresa privada vai sempre sair, diretamente ou indiretamente, do nosso bolso. Seja em forma de compensação (viaquatro), uma passagem mais cara (supervia), ou até um serviço pior prestado(viamobilidade).

    Basta olhar para a remuneração da ViaQuatro que recebe por passageiro catracado e integrado e se repete (em valores menores) em todas as linhas da ViaMobilidade. Isso sem falar em compensações contratuais, reajustes e construção de novos ramais e extensões que majoritariamente ou integramente são pagos pelo governo, ou seja, eu, você, e toda a população contribuinte…

    1. Você poderia explicar o porquê da CPTM alterar a medição da quilometragem média entre falhas em 2018? O que a CPTM está querendo esconder?

  2. Acho uma falha enorme encurtarem a Linha 7 para a Barra Funda, entendo que a Luz e o Brás não dão conta de recebê-la com a Linha 10 – Turquesa individualmente mas isso poderia ser feito na nova estação Pari. Além de ter estrutura para ser terminal tanto da linha 7 quanto da 10, promoveria a integração com o metrô.

    1. Não há falha, é um erro intencional, mergulhado na intenção de se privatizar a qualquer custo a CPTM. O pretexto pra linha 7 é o TIC e pra dizer que o TIC será diferente e fugirem da justificar porque o Serviço 170 não existe mais (daqui alguns meses), encurta-se a linha como desculpa… Sem contar q a linha 7 na Barra Funda levará mais passageiros e mais integrações ($$$$) para a provável vencedora (a CCR).

      1. Não entendo o porquê da insistência de privatizar toda minha ferroviária que exite em São Paulo. A ViaMobilidade já prova que não dá certo, com tantos problemas causados neste 14 meses, algo que não víamos nestas linhas quando estavam sob concessão da CPTM. Além do mais, o que pretendem fazer com os usuários da linha 7 que precisam ir até a luz, vão se virar como puderem pra chegarem aos seus destinos, aumentar o tempo em baldeações, pegando a linha vermelha até a Se, depois linha azul até a luz. Isso não é melhoria pra quem precisa usar os trens como meio de transporte, é sacrificar o trabalhador ainda mais.
        Não há necessidade de privatizar uma linha de trem em.prol de criar outra.

  3. o TIC é só um pretexto para entregar a linha 7.

    o TIC não sai. escrevam o que estou falando. a viamobilidade 8/9 até agora não colocou seu trem novo para rodar, não devolveu nenhum trem para CPTM, não vai fazer mais as instalações de oficinas que estavam em contrato e outras obrigações contratuais podem estar caindo por terra ao longo dos anos. o mesmo deve acontecer para outras concessões. o prazo de implnatação do TIC é para 2030, até lá o povo já esqueceu, não será mais este governo que está aí.

    fazer uma via segregada para um trem sair da barra funda e chegar em campinas em 01:04 hs por um custo de mais de 12 bilhoes não é viável. vai ter que lidar com patrimônio tombado pelo patrimônio histórico, com trecho onde hoje não tem espaço para terceira via, quem dirá uma quarta via. sem contar que é uma volta danada para chegar em campinas, para quem já teve curiosidade de olhar no mapa. a fepasa tinha um projeto de uma nova malha ferroviaria para trem intercidades, totalmente diferente da malha que operava na época, com um trem chegando em campinas em 40 minutos.

  4. Sonho mesmo é voltarem a operar o trem entre São Paulo e Santos desativado nos anos 80-90. Outro sonho distante: Voltar com a Estrada de Ferro Central do Brasil que ligava São Paulo e Rio de Janeiro.

    Aliás, tem que rever o preço dessa passagem. Atualmente de ônibus a passagem custa uns R$40 em pouco mais de 1h dependendo do trajeto

  5. Quero ver quando os 9500 começar a descarrilar na linha 7 e a CCR vai dizer que entregar trens em mau estado. Parabéns SP por mais esse “presente” que será essa concessão. E como o amigo disse, até 2030 todo mundo já esqueceu TIC, o trem de baixa velocidade, e fica por isso mesmo.

  6. Uma dúvida: como estão descritos esses investimentos na ordem de R$12 bilhõesno edital? Será todo da CCR, será do estado?

  7. Boa Tarde!
    Li todas as manifestações anteriores, e vejo de forma muito positiva a posição crítica e predisposição da sociedade civil em participar desta discussão. Algumas das opiniões aqui reveladas são, à principio, contrárias ao processo de privatização do transporte público. Esta posição está baseada na evidente deterioração dos serviços prestados à população nas Linhas 8 e 9 da CPTM, mas também, na decisão operacional de “encurtar a Linha 7” da CPTM e no justificado descrédito da nossa população na implantação de um projeto tão complexo como o TIC – visto os fracassos anteriores em projetos similares .
    Talvez, fosse de grande valia, se as autoridades competentes utilizarem deste canal para prestar esclarecimentos à população do nosso Estado. Informar que existem questões técnicas e operacionais que, hoje, impossibilitam a manutenção da operação dos trens até a Estação da Luz. Informar que a referida Estação foi tombada pelo IPHAN e pelo CONDEPHAAT, o que impossibilita a sua ampliação, de forma a atender com conforto e segurança a demanda de passageiros, bem como responder às demais dúvidas levantadas aqui neste fórum. Porém, me permito discordar daqueles que acreditam que a virtude e competência são características do setor público, bem como , na outra extremidade, incompetência, irresponsabilidade e obsessão cega por lucro são características inerentes do setor privado. Fui funcionário da CPTM por muitos anos, me orgulha da minha trajetória e do profissionalismo dos amigos que ainda tenho lá, e hoje trabalho na iniciativa privada, numa empresa diretamente relacionada ao segmento. Mas sou cidadão de São Paulo e usuário do transporte público e tenho convicção de que o Estado não possui condições financeiras para suportar, em volume e velocidade, os investimentos necessários para expansão da mobilidade urbana na nossa cidade.
    Quanto àqueles que “demonizam” a CCR/Via Mobilidade, não tenho procuração nem a pretensão de defendê-los, e também, não acredito que a empresa necessite desta defesa, mas ficaria muito feliz e orgulhoso se houvessem muitos outros grupos e empresas no Brasil, com a mesma pujança e predisposição para assumir os riscos do investimento intensivo em infraestrutura e mobilidade. Os críticos podem lembrar a todo momento, e com razão, dos problemas hoje enfrentados pelos usuários das Linhas 8 e 9. O tempo dirá da competência ou não da Via Mobilidade em prestar um serviço de qualidade à população, e cabe ao poder público, fiscalizar, agir de forma proativa, aplicar as multas previstas em contrato ,e, se for o caso, revogar a Concessão. Porém, os menos críticos poderiam, também, citar os exemplos da operação da Linha 4 do Metrô/SP, da operação das rodovias do Estado, do VLT e das Barcas no Rio de Janeiro, bem como do absoluto sucesso de implantação e operação do Metrô de Salvador. Talvez um dos maiores “cases” de velocidade em ampliação de linhas de Metrô no mundo.

    1. 80% do investimento no tic será estatal.

      A linha 4 foi 90% construída pelo estado. E a sua boa operação é muito mais fruto do projeto e da qualidade de modernidade da linha, feito pelo metrô, do que propriamente um case de sucesso da ccr.

      Todas as concessões tem cláusulas que permitem reequilíbrio econômico financeiro, que nada mais é que não deixar o concessionário assumir prejuízo. Logo é um negócio sem risco. Monta um comércio qualquer, faz tudo legalizado e certinho e pergunta pro governo se ele vai garantir teu lucro e assumir o risco do negócio.

      O estado não só tem condições financeiras de assumir todo esse investimento, que o investimento sai todo do bolso do estado.

      Entenda que todas essas privatizações, não só na área de mobilidade, mas em todas as áreas é uma forma de transferência de dinheiro público para empresários que fazem lobby pesado dentro do governo. A iniciativa privada depende muito mais do estado que o contrário. Quem defende o” Estado mínimo” é quem mais mama nas tetas do estado. Serviço público para essa gente é apenas negócios, e não uma forma de trazer benefícios para o cidadão pagador de impostos

  8. O trabalho remoto tem crescido, mas também é importante destacar que a movimentação da região metropolitana também muda de hábitos, localidades e regiões se desenvolvem enquanto outras perdem a importância. Esse movimento poderia ser mensurado e detectado e levado em conta por uma “Pesquisa atualizada Origem Destino das Linhas Metropolitanas”, cuja edição mais recente é de 2017 ano que ainda a linha 10-Turquesa fazia terminação no Brás sobrecarregando a linha 2-Verde, portanto a Linha Integradora-710 não existia, além do início do desenvolvimento dos aplicativos de carros, que também viriam a tirar pessoas do transporte público.
    Após o secretário Rafael Benini revelar que as linhas 19-Celeste e 20-Rosa teriam prioridade nos planos da atual gestão, mas que apenas uma delas seria viabilizada até 2025, ou seja em final do mandato!
    Vamos despertar e nos mobilizar usuários não sejamos ingênuos se iludam, a grande finalidade deste comunicado é a farsa de um pretenso lançamento da Linha 20-Rosa no papel para justificar o cancelamento Anel Norte, da Linha 18-Bronze e 14-Ônix, não é a dúvida de quais das Linhas priorizar se 19-Celeste ou 20-Rosa entre outras, mas sim na tentativa de justificar, preparar e iludir os usuários do ABC principalmente para a extinção e descontinuidade dos serviços da Linha Integradora-710 no maior retrocesso de mobilidade da história, não por conta dos usuários, e sim para facilitar mais uma concessão mal planejada!

  9. Olá boa tarde , sou de americana sp , venho acompanhando as notícias do trem intercidades , que blz orimompara nossa região , mas pelo que andei lendo por aí a tarifa não será muito atraente , ônibus da rodoviária do Tietê direto pra americana no valor de 52 reais , a passagem do trem intercidades estão falando em 65 reais , não se sei se isso e convidativo para a população, isso sem conta que eu não vi comentários tipo …se eu estiver em qualquer linha do trem e do metrô(( pagando 4.40 hoje )) , terá que sair fazer a baldeação para o trem intercidades e paga mais os 65 reais , posso tá muito enganado mas não tem nada convidativo nisso me desculpem , já fiz 5 vezes o passeio vitória minas , na estrada de ferro da vale (( trem da vale)) , são 750 km o dia inteiro no trem ao valor de 105 reais a passagem na classe executiva, são diferenças absurdas de valores , agora o trem intercidades , no valor de 65 reais com várias paradas acho eu que por enquanto não seria convidativo , e torço para que chegue até a cidade de americana um dia , por que estava até sendo cogitado , mas acho que num segundo lance de linhas né ….mas será só pessoas que curtem andar de trem e não tenham tanta pressa em chega , que e difícil nos dias de hoje , todos tem pressa …menos quem está a passeio e queira curtir o passeio , que com certeza vai ter ,mas não serão muitos né …. Espero ter me expressado da melhor forma possível… Obrigado

Comments are closed.

Previous Post

Acciona revela plano para ampliar Linha 6-Laranja, diz governo

Next Post
Sistema CBTC reduzirá o intervalo dos trens (Jean Carlos)

Contrato do CBTC é prolongado e exclui sistema de interação entre Linhas 7 e 10

Related Posts