Supervia pede compensação bilionária ao governo do Rio de Janeiro

Concessionária privada pediu ao governo compensação de R$ 1,2 bilhão por diversos desequilíbrios ao longa da operação. Sistema ferroviário fluminense registra problemas com frequência estando em estado de insalubridade operacional
Supervia deve pedir compensação bilionária (Clarice Castro)
Supervia deve pedir compensação bilionária (Clarice Castro)

A Supervia, operadora dos trens urbanos do Rio de Janeiro, deverá pedir uma indenização bilionária ao governo do estado, alegando uma série de desequilíbrios econômicos do contrato de concessão.

A concessionária atualmente está em recuperação judicial e já chegou a anunciar a intenção de devolver o sistema sobre trilhos para o estado. Antes disso, a empresa pleiteia ser ressarcida em R$ 1,2 bilhão.

Segundo informações do jornal O Globo, a concessionária moveu seis ações, sendo uma delas no valor de R$ 702 milhões para reparação durante a pandemia da COVID-19 onde a demanda caiu de forma abrupta.

Outros problemas estão atrelados ao repasse do aumento de passagem, políticas públicas, atraso na entrega de trens, além de gratuidades e descontos.

A operação dos trens cariocas se mantém em situação bastante precária. Tarifas elevadas, intervalos altos e estações tomadas pelo tráfico de drogas. Todas essas questões aliadas aos constantes furtos de cabos torna a operação completamente instável e imprevisível.

Apesar dos esforços em tentar restaurar o sistema, é impraticável qualquer tipo de ação relevante tendo em vista a crise social instaurada dentro da rede ferroviária fluminense.

Descarrilamentos constantes na Supervia (Agetransp)
Descarrilamentos constantes na Supervia (Agetransp)

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O governo do estado do Rio de Janeiro tenta procurar outro operador para o sistema ou então voltar estatizar o serviço.

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13 comments
  1. Não duvido nada que o estado do rio venha a encerrar o serviço ferroviário do estado e substitua por BRT

  2. Muito fácil ser empresário assim, pedindo socorro ao papai Estado o tempo todo. Tio Tarcísio quer fazer o mesmo em SP, sustentar os amiguinhos empresários ás nossas custas.

    1. Nenhuma concessão de serviço público no mundo obriga o concessionário a aceitar todos os riscos do negócio sem nenhuma contrapartida.

      Se obrigasse, o concessionário teria como contrapartida a liberdade de operar e manter o sistema como quisesse. Imagine o concessionário desativando trechos anti-economicos, cobrando o valor de tarifa máximo possível e cortando custos em manutenção.

      Alguns aqui, na ânsia de defender a estatização radical, acabam defendendo um modelo de concessão que contraria o interesse público.

      1. Vejo pessoas como você, que na ânsia de defender privatização radical, acabam defendendo um modelo que contraria o interesse público.
        Todas as concessões que vc defende, Ivo, são apenas repasse de lucros a empresas privadas. E elas precisam retribuir com pouco, mas muito pouco mesmo, pra população.

        1. A concessão no Rio atende ao interesse público ao manter as linhas em funcionamento regular.

          O estado do Rio não está cumprindo sua parte ao não conseguir proporcionar um ambiente seguro para a concessão. E sem a iniciativa privada (que ameaça abandonar suas concessões), com o estado falido, o que sobra para a população?

          1. “A concessão no Rio atende ao interesse público ao manter as linhas em funcionamento regular”, kkkkk, pqp, você com certeza nunca entrou numa estação da supervia pra digitar uma groselha dessas!

          2. Ivo em primeiro lugar a concessionária não atende de maneira regular no Rio, falhas , fechamento de estações que não tem nada a ver com o poder público. As empresas de transporte aí no rio já sugaram o que queriam tiraram lucros até não querer mais, aí agora que é a hora de investir pois esse é o interesse em privatizar não fazem; se não quer risco a empresa que não venha querer ser uma concessionária e o seu comentário a respeito de ela fechar onde quiser é uma hipocrisia ela já vai pegar tudo pronto e vai querer escolher ? é que nem um cara pegar um stand de loja num shopping e querer ficar trocando de lugar no mesmo shopping sem querer pagar a mais pq não tá dando certo.

        2. Só o Ramal Belford Roxo é cercado por 19 favelas apenas na cidade do Rio de Janeiro. Não existe sistema de transporte no Brasil com situação similar. Como operar e manter linhas de trem com o crime organizado roubando, matando e saqueando?

          O governo do Rio está em crise desde sempre. No entanto, desde a concessão, os acidentes e problemas nas linhas de trem diminuíram em relação ao período estatal. Mas sem segurança pública, saneamento básico, habitação, saúde, educação, trabalho, etc, o Rio não se viabiliza e não adianta o concessionário investir nos trens.

          1. considerando que no RJ quase tudo é privatizado, a situação caótica em que se encontra quase tudo por lá é uma prova que privatização não resolve. se resolvesse, o RJ seria uma maravilha

  3. Ué…quando a Supervia participou da concessão, não sabia das áreas onde iria atuar ? Assumiu o risco ! . Tem alguma clausula que o ESTADO teria que diminuir o risco do local ?Agora quer vir pedir indenização ?

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