Os projetos de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) para as cidades de Campinas e Sorocaba ganharam novos prazos, segundo informações divulgadas recentemente pela Secretaria de Parcerias em Investimentos.
O projeto de VLTs visa complementar as rotas de trens intercidades, propiciando a ligação dos trens regionais às diversas áreas dos municípios, criando uma rede integrada de média capacidade.
O VLT de Campinas deverá ter extensão de 44 quilômetros ligando o centro da cidade até o Aeroporto de Viracopos em 30 minutos. Uma segunda linha está proposta entre Campinas até a região de Hortolândia O projeto tem custo estimado de R$ 4,5 bilhões e terá 18 estações.
A proposta do VLT segue em estudo com previsão de lançamento do edital em 2025. O leilão e o contrato deverão ser formalizados até o final de 2028.

O VLT de Sorocaba deverá ter extensão de 25 quilômetros ligando os distritos de Brigadeiro Tobias até Lopes de Oliveira, seguindo posteriormente até George Oetterer em um percurso com 36 minutos de duração. O investimento previsto é de R$ 2,5 bilhões com 13 estações.
O projeto deverá ser seu edital publicado em 2027 com o leilão e contrato sendo formalizado no ano de 2028
Os novos eixos de transporte estão em fase de estudos pelo BID. Os projetos deverão ser estruturados e melhor detalhados ao longo do processo de prospecção e modelagem dos ramais de transporte.
Mais projetos eleitoreiros, anunciados sem estudos de viabilidade técnica e financeira, feitos para agradar a base eleitoral do Tarcísio no interior. Será que a Grande São Paulo vai aceitar perder recursos para a expansão do transporte público para bancar ferroramas em Campinas e Sorocaba?
Ivo, só porque o governador não é o que você gosta o interior não merece receber investimentos?
Ou você resolve o problema da mobilidade agora que estas cidades estão crescendo ou ficará muito mais caro e difícil quando se tornarem novas metrópoles.
Sorocaba, Campinas, Jundiaí, Ribeirão Preto, São José dos Campos, São José do Rio Preto e por aí vai….quanto mais investirmos no interior, mais população será atraída para lá. A região metropolitana de SP precisa parar de crescer e migrar para as demais regiões do estado. Com a riqueza e desenvolvimento distribuídos o estado tende a crescer muito mais.
Dinheiro público não é capim. Desde o governo Dória que São Paulo ficou com uma gestão acéfala, sem nenhum planejamento. Dória acabou com a Emplasa, Tarcísio está acabando com a Secretaria de Transportes Metropolitanos enquanto anuncia projetos que demandam planejamento estatal. Isso é contraditório.
Em gestão pública não existe “merecimento”, existe necessidade. O projeto já começa errado quando Tarcísio anuncia VLT’s em Campinas e Sorocaba sem nem apresentar um único estudo de viabilidade, sem explicar como essas propostas se integrarão ao transporte público existente e sem informar quem irá pagar a conta (quando esses VLT’s não atingirem a demanda de projeto, o estado terá que subsidia-los).
Campinas e Sorocaba apostaram no BRT e estão evoluindo. Na Baixada Santista o estado investe em um VLT desconectado da realidade local e transporta poucos passageiros.
Eis os números.
O VLT da Baixada Santista custou R$ 690 milhões (1ª Fase). Em 2023 transportou 7,4 milhões de passageiros.
O BRT de Sorocaba custou R$ 497 milhões. Em 2023 transportou 16 milhões de passageiros.
Ou seja, com planejamento, é possível fazer mais com menos. E em Sorocaba a sugestão é usar os velhos trilhos da ferrovia Sorocabana e gastar R$ 2,5 bilhão. O uso de linhas antigas foi o que condenou o VLT de Campinas ao fracasso. Parece que São Paulo quer outro ferrorama.
O governo de Tarcísio acaba com a estrutura de planejamento do estado, não realiza estudos e anuncia obras bilionárias em busca de votos. Um dia a conta irá chegar.
Eu não de onde você tirou que não há planejamento. Está a cargo da Secretaria de Parcerias em Investimentos. É tudo embrionário, mas há marcos já definidos do que será feito.
Sim, tem todo o movimento político por trás, mas o planejamento ainda está nas fases iniciais. Por isso deve ficar pra 2028.
Concordo que o VLT da baixada é um investimento com baixo retorno comparado à Sorocaba. Mas precisamos pontuar que o crescimento populacional em Sorocaba foi alto e houve queda na população de Santos, comparando os censos 2010/2022.
Esse é um movimento que os governos não estão muito atentos, mas deveriam. A dinâmica de transporte vai mudar bastante com a queda populacional ou o envelhecimento desta. Bons desafios para nossos gestores…
Não há planejamento algum. Essa secretaria de parcerias não tem capacidade de projetar um parafuso que seja, só existe para atender a concessões, mesmo quando elas são desvantajosas ao estado. Ali só tem gente capacitada em direito e olhe lá. Economia e engenharia são setores que não existem nessa secretaria. Falar em 2028 é desculpa para justificar a falta de engenheiros, economistas e especialistas que existiam na Emplasa e na Secretaria de Transportes Metropolitanos e que estão sendo descartados em nome de concessões duvidosas.
E sobre o tal crescimento populacional de Sorocaba, não importa o quanto a população cresce, se o corredor estudado para o VLT (velha linha da Sorocabana) não tiver concentração de moradia, trabalho e serviços, será um serviço subutilizado.
Até onde eu saiba Tarcísio é governador DO ESTADO, não de SP. Paulista ficou muito mal acostumado votando igual uma mula pra prefeito enquanto tinha um governador dedicado para a cidade. Sorocaba e Campinas são cidades extremamente ricas e desenvolvidas, com dezenas de indústrias multinacionais (quiça mais polos internacionais industriais que a própria SP). Tarcísio governa para o estado e seu projeto, extremamente ambicioso da ligação metrô ferroviária só têm a acrescentar no desenvolvimento estadual. Claro, nem todo cidadão de SP terá o privilégio de morar no interior e pegar o trem pra SP, talvez por isso você esteja revoltado, mas para o cidadão do interior, uma ligação como está é extremamente bem vinda.
O interior de SP é equiparável a economia do Chile e já responde praticamente por metade do PIB do estado excetuando a grande sp e litoral.
O interior não precisa de recursos oriundos da grande sp, já é rico por si só e merece sim investimentos de mobilidade em suas grandes cidades como Campinas e Sorocaba.
Em Campinas havia um VLT que foi sabotado. Em Sorocaba poderiam aproveitar a antiga Estrada de Ferro Votorantim para construir uma linha de VLT. Aliás funcionava uma linha de bonde entre Sorocaba e Votorantim para atender aos funcionários da fábrica de cimento e também esta ferrovia também servia para transportar cimento.
É uma pena q por conta da incapacidade dos governantes paulistas e campineiros a cidade de Campinas jamais terá um sistema metroviário. A cidade é plenamente elegível para receber um sistema de transporte como o de metrô, subterrâneo. Campinas teria plenas condições, inclusive, de receber um sistema totalmente construído e operado por um ente privado, ou mesmo por meio de uma PPP, reduzindo e muito os custos do ente público.