Ainda sem horizonte factível, Linha 20-Rosa promete atender 137 mil pessoas em Santo André

Linha 20-Rosa deverá ter 33 km de extensão e 24 estações (Jean Carlos)

Ainda serão necessários muitos anos até que um trem do metrô circule pelo ABC Paulista, mas as indefinições que cercam o projeto da Linha 20-Rosa não impedem declarações otimistas de políticos da região.

Nesta semana, a prefeitura de Santo André divulgou uma nota em que comenta a previsão do Metrô de atrair 137 mil passageiros por dia no trecho que passará pelo munícipio.

A companhia do estado faz apresentações sobre o andamento do projeto com o intuito de mobilizar a administração pública municipal a facilitar uma implantação futura, por exemplo.

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Mas apesar disso, trata-se apenas de uma estimativa distante e que dependerá de vários fatores que serão analisados durante o andamento do projeto.

Atualmente, a Linha 20 propõe um traçado de 33 km e 24 estações, com expectativa de atrair cerca de 1,3 milhão de passageiros em toda a extensão. Santo André terá quatro estações no plano atual: Afonsina, na divisa com São Bernardo,  Príncipe de Gales, Portugal e Santo André, onde haverá conexão com a Linha 10-Turquesa. Os nomes das paradas, no entanto, podem mudar, com exceção de Santo André.

Mapa de estações provisório da Linha 20-Rosa (CMSP)

Projeto complexo

Esse é o passo mais concreto que demos até agora para a chegada do Metrô em Santo André. Sabemos da importância desta obra para a cidade e o futuro que estamos construindo. A pedido do prefeito Paulo Serra, seguimos dando atenção especial no que depender de nós a este projeto para viabilizarmos o quanto antes o início das obras”, disse o secretário de Planejamento Estratégico e Licenciamento, Acácio Miranda.

A despeito da empolgação, há muito o que fazer para tornar a Linha 20 uma realidade. Antes de tudo, será preciso encontrar uma forma de transformar o trecho no ABC Paulista em viável economicamente. Nos estudos realizados até, a etapa é menos atraente que o percurso entre Santa Marina e Abraão de Morais.

Como a Linha 20 deve ser construída e operada por uma concessionária privada, será imprescindível propor um modelo de negócio lucrativo. Se o trecho do ABC não é tão superavitário a alternativa será bancar essa diferença, por exemplo.

Diante da complexidade de um ramal metroviário tão extenso, o edital de concessão deverá ser longamente discutido com a sociedade, empresas e potenciais financiadores.

Por todas essas razões, vender a ideia que a Linha 20-Rosa é uma meta possível para as atuais administrações soa um tanto desonesto.

 

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