BNDES vai emprestar R$ 10 bilhões para compra de trens da Linha 2-Verde e para o Trem Intercidades

Banco de desenvolvimento aprovou financiamento para o estado de São Paulo como parte do novo PAC. R$ 6,4 bilhões serão usados no aporte público do TIC Eixo Norte e o restante na compra de 44 composições para a expansão do ramal de Metrô
Trem regional (Stadler)

O BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, anunciou a aprovação de um financiamento de R$ 10 bilhões para projetos de mobilidade sobre trilhos em São Paulo nesta segunda-feira, 25.

O montante será usado em dois projetos, o Trem Intercidades Eixo Norte, entre São Paulo e Campinas, e na compra de 44 trens para a expansão da Linha 2-Verde do Metrô.

O anúncio ocorre no mesmo dia onde deveria ter ocorrido o lançamento do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo Lula. O evento, que seria realizado no Memorial da América Latina, foi adiado sem uma nova data anunciada ainda.

A assinatura do contrato de financiamento deverá ocorrer assim que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se recuperar de uma cirurgia no quadril, informou o BNDES.

Do montante de R$ 10 bilhões, R$ 6,4 bilhões serão destinados aos aportes públicos do projeto do Trem Intercidades Eixo Norte (TIC Eixo Norte). O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) marcou o leilão de concessão para o final de novembro, mas está prestes a atualizar o edital e remarcar o certame para 2024.

Novos trens da Linha 2-Verde terão inovações e deverão ser produzidos no Brasil (CRRC)

Entre os motivos estão as sondagens de mercado, que apontaram que os possíveis interessados têm receios quanto ao atual formato de concessão, bem como os valores a serem investidos pelo estado.

Os R$ 3,6 bilhões restantes serão usados para a aquisição dos 44 novos trens que serão necessários com a  extensão da Linha 2-Verde após Vila Prudente. As composições, que serão equipadas com sistema CBTC de sinalização e não terão operadores a bordo, deverão ser fabricadas no Brasil.

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Atualmente as fabricantes Alstom, CAF e Hyundai Rotem possuem instalações de produção no país, mas até onde se sabe apenas a primeira está em atividade, montando composições para a ViaMobilidade, LinhaUni (Linha 6-Laranja) e clientes no exterior.

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  1. Não sou contra a implantação do trem entre São Paulo e Campinas, que já existia antes, mas poderiam primeiro financiar o acabamento da linha 17 Ouro expandindo para Paraisopolis e Jabaquara e expandir a linha 13 Jade até Arujá. Isto beneficiária muito mais gente.

  2. Uma PPP que 50% será verba vinda do governo federal, promessa de campanha do governo do estado, a extensão da linha 2 é mais de 50% de verba federal e o governo do estado, depois, vai “privatizar”. Isso é um absurdo. E o túnel ligando Santos Guarujá também será bancada com verbas federais. pergunta: o que o governo do estado de São Paulo está fazendo com a arrecadação do Estado?

    1. E as muitas outras obras do metrô que foram bancadas exclusivamente ou em maior parte pelo governo do estado? Deveria ter mais verba federal para essas obras, isso sim. São Paulo já arrecada muito imposto para bancar os privilegiados de Brasília. Além de bancar educação, saúde, segurança e habitação que ainda carecemos no estado.

      1. Bem vindo à Federação, é assim que um país federativo funciona sabia não? A arrecadação de todo o país é distribuída entre todos os estados de acordo com as necessidades, e não há nada de errado nisso, se não tivéssemos tantos governadores incompetentes então houvesse tenta burocracia pra tanta coisa as coisas sairiam mais rápidas, pq pelo oq podemos ver dinheiro tem de sobra

  3. Não há mercado para duas fábricas de trens no Brasil, por isso só a Alstom tem encomendas e exporta enquanto Caf e Rotem estão com a produção parada há muito tempo.

    Esse protecionismo que obriga a produção no Brasil é um tiro no pé da indústria, que não se aperfeiçoa, não exporta nem se preocupa com a qualidade dos seus produtos, pois tem mercado “garantido” aqui.

  4. Por que privatizar se o dinheiro vai sair dos cofres públicos? não consigo entender isso. Se é pra privatizar então que seja feito com dinheiro privado aí a empresa pode usufruir por um determinado período ou por toda a vida a exploração sobre o que foi investido para poder arrecadar o investimento e lucrar depois. Agora , o governo faz, gasta uma dinheirama e entrega para o empresário lucrar com dinheiro público e escravizar a mão de obra com salários miseráveis.

    1. Olá J Varela, creio que não. Diria que o financiamento garante que o estado terá condições de bancar sua parte no projeto apenas. A velocidade das obras do TIC depende tanto da futura concessionária quanto do trabalho da MRS e da Rumo, que são responsáveis por segregar as vias que serão usadas. Sem falar em licenciamentos e outras questões burocráticas.

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