CCR tem intenção de viabilizar primeiros trens a hidrogênio no Brasil

Grupo empresarial realizou visitas na Ásia e Europa para ver a tecnologia. Um acordo foi firmado junto à fabricante Hyundai Rotem

VLT à hidrogênio da Hyundai Rotem
VLT à hidrogênio da Hyundai Rotem

Um dos temas mais debatidos da atualidade é a transição energética. No setor ferroviário a utilização de energias limpas, como trens tracionados a hidrogênio, vem sendo estudadas e gradualmente desenvolvidas. O Grupo CCR, atualmente um dos principais operadores ferroviários do Brasil, pretende apostar na tecnologia.

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Executivos do grupo realizaram duas visitas técnicas internacionais em países que estão desenvolvendo tecnologias de trens movidos a hidrogênio. O modelo poderá representar reduções significativas de emissão de poluentes.

Na Coreia do Sul, a fabricante Hyundai Rotem, mesma empresa que produziu os trens da Série 9500, concluiu o desenvolvimento do seu primeiro VLT a hidrogênio. O projeto, que recebeu investimento estatal, é gerenciado pela empresa, que pretende desenvolver TUEs, locomotivas e trens de alta velocidade.

O Grupo CCR firmou um acordo junto à fabricante sul-coreana para estudar a viabilidade de um VLT movido a hidrogênio verde no Brasil. A ideia é que o combustível seja fabricado utilizando energias limpas.

A visita da comitiva também contemplou a Alemanha, país onde opera o Coradia iLint, fabricado pela Alstom. O trem começou a operar em 2018 e atualmente já existem serviços de passageiros regulares no país com este tipo de trem.

A adoção de sistemas de transporte baseados em hidrogênio não deverá ser focado nas linhas já existentes, a princípio. O grupo empresarial pretende avaliar a adoção deste modelo em operações futuras.

Uma das grandes vantagens na adoção de trens a hidrogênio é a dispensa das locomotivas a diesel na operação regular. Em trechos onde a demanda é menor, operar com trens elétricos que dispensam estruturas de alimentação como terceiro trilho ou catenárias representa reduções significativas de investimentos.

O Brasil também tem grandes vantagens. O potencial solar e eólico do país permite que a produção de hidrogênio verde possa avançar de forma significativa nos próximos anos.

Apesar de ainda não existirem planos concretos para a adoção da tecnologia no país, a iniciativa na sondagem e a parceria em estudos pode significar os primeiros passos para uma mobilidade mais barata e sustentável em médias cidades que geralmente são carentes de sistemas de mobilidade urbana.

 

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10 Comentários

      1. a questão é que a hyundai assim como muitas das gigantes coreanas tiveram e ainda tem investimentos do estado justamente por serem ferramentas do estado em fazer o país crescer e sair da miséria, assim como ao mesmo tempo investiram e continuam investindo em educação e cultura, todas essas empresas geram diretamente frutos pra sociedade por lá por ser um sistema bem organizado e pensado para retro alimentar o crescimento, diferente do brasil em que toda estatal que o estado cria surgem politicos querendo repassar todas suas posses e expertise para o setor privado ao invés de impulsionar criando um esquema que beneficie a sociedade também

  1. Engraçado quem mete o pau na crr. , por de requilibrio financeiro por causa da pandemia do COVID . Não sabem que maior sugadora do caixa do governo e a cptm

    1. Nada a ver!

      A CPTM é a última a receber recursos na câmara de compensação, ou seja, fica só com as migalhas que sobram.

      A CCR é a primeira a abocanhar e pegar a maior fatia do bolo, a despeito de transportar menos passageiros e operar menos trens em menos km de trilhos.

    2. o prejuízo da CPTM e do metrô vem justamente dos repasses efetuados para as concessionárias.

      o próprio CEO da viaquatro, numa entrevista em 2017 , quando só havia a linha 4 admite isso.

  2. A Companhia Paulista já utilizava trens movidos há energia limpa há mais de 100 anos, graças aos nossos adoráveis políticos não temos mais nada.

  3. Enquanto a gestão atual decidiu retirar do item de investimentos contingentes, que são passíveis de serem incluídos no contrato, as extensões do TIC até Americana e o Aeroporto de Viracopos, os gestores para facilitar e priorizar a concessão dos TIC em detrimento dos Trens Metropolitanos, se coloca carros tracionados por locomotivas Diesel ou semelhantes, e se anuncia pela concessionária estudos dos primeiros trens a hidrogênio no Brasil, omitindo que quem irá bancar isto é o Estado!

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