A SuperVia, concessionária de trens urbanos do estado do Rio de Janeiro, entrou nesta terça-feira, 8, com pedido de recuperação judicial junto ao Tribunal de Justica do Rio.
“Com agravamento da pandemia e da crise econômica e social do Rio de Janeiro, a recuperação total do fluxo de passageiros está prevista apenas para 2023”, disse a SuperVia em comunicado a imprensa.
Antes da pandemia, a concessionária transportava, em média, 600.000 passageiros por dia. Hoje, a média caiu pela metade: 300 mil. De acordo com a concessionária, seria necessário uma média mínima de 450 mil passageiros/dia para cobrir os custos da operação.
As dívidas da SuperVia chegam ao redor de R$ 1,2 bilhão e os principais credores são o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a Light, concessionária de energia do estado.
No próximo dia 1º de julho, a tarifa nos ramais operados pela SuperVia passará para R$ 5,90, uma das tarifas do sistema de trens mais caras do Brasil.
A concessionária é controlada pela GUMI – Guarana Urban Mobility Incorporated desde maio de 2019, quando assumiu a empresa das mãos da Odebrecht, sua proprietária a partir de 2010.
Criada em 1998 para operar os trens de subúrbio do Rio, a Supervia tem hoje cerca de 270 km de trilhos sob sua responsabilidade, que são atendidos por 201 trens em 104 estações.