Concessão das linhas 11, 12 e 13 da CPTM fica mais cara após republicação do edital

Valor total do contrato aumentou para R$ 14,3 bilhões, registrando aumento de custos em projetos de via e estações. Leilão deverá ser realizado em março
Concessão das Linhas 11, 12 e 13 fica mais cara (Jean Carlos)
Concessão das Linhas 11, 12 e 13 fica mais cara (Jean Carlos)

Após a republicação do edital de concessão das linhas do Lote Alto Tietê, as obras previstas para as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade ficaram mais caras.

As informações foram extraídas do próprio edital de concessão que apontou um aumento que chegará a R$ 14,3 bilhões, somando todos os investimentos do projeto.

O site analisou de forma detalhada o relatório financeiro da concessão que aponta as principais mudanças por disciplina e por trecho.

Área

A disciplina se refere ao tipo de investimento a ser realizado, podendo ser a construção e reforma de estações, vias, energia, sinalização entre outros.

As principais mudanças foram o aumento do custo das estações e da via permanente. Ao todo, estes itens tiveram aumento de R$ 108 milhões e R$ 102 milhões, respectivamente.

Foram registrados aumentos no custo do sistema de energia, sinalização, pátios, transposições e na elaboração dos projetos.

Preço por área (Jean Carlos)
Preço por área (Jean Carlos)

Linhas

De forma geral, as linhas que mais tiveram ampliação dos custos são o trecho operacional da Linha 11-Coral com aumento de R$ 257 milhões no orçamento, além da Linha 12-Safira que teve aumento de R$ 83 milhões.

Um indicador importante foi a redução do custo na extensão ferroviária planejada para a Linha 11-Coral entre Estudantes e César de Souza, cujo investimento diminuiu em 29 milhões. Neste caso, deve-se a remoção do investimento relativo à construção de uma alça de acesso na região.

Preço por linha (Jean Carlos)
Preço por linha (Jean Carlos)

Custo global

O custo global da concessão, ou seja, de todos os investimentos planejados para ocorrer nos próximos anos teve um aumento de R$ 342 milhões, saindo dos 13,9 bilhões para 14,3 bilhões. Isso representa um aumento de 2,45%.

Leilão permanece marcado para 28 de março

A republicação do edital pela Secretaria de Parcerias em Investimentos confirmou a data de 28 de março para o leilão.

Como mostrou o MetrôCPTM, o secretário Rafael Benini chegou a prever em entrevista que a licitação pudesse ser postergada a pedido dos potenciais interessados.

A despeito disso, a hipótese não pode ser descartada diante da complexidade do projeto.

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  1. E caso seja postergado o leilão, será unicamente para melhorar os atrativos para os potenciais interessados, ou seja, mais verba pública para concessionária.

  2. mas era óbvio que essa revisão era para aumentar o valor do contrato. e se tiver um adiamento vai ser para ajeitar mais ainda o contrato.

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