A CPTM suspendeu a emissão da Credencial do Trabalhador Desempregado, também conhecido como “bilhete do desempregado”. O serviço era prestado pela empresa Ágil Ltda, com sede em Itajaí, Santa Catarina, desde abril do ano passado.
Segundo a companhia que opera quatro linhas de trens metropolitanos, a Ágil descumpriu constantes obrigações trabalhistas junto aos seus funcionários e teve um processo administrativo instaurado em janeiro.
Nesta quarta-feira, 5, a CPTM decidiu rescindir o contrato e com isso a emissão do benefício foi suspensa até a próxima segunda-feira, 10, quando a credencial passará a ser digital (veja nota da empresa no final da página).
O edital para contratar uma empresa terceirizada para realizar o cadastro e controle da credencial foi lançado em dezembro de 2023 e após recursos, a CPTM assinou contrato com a Ágil pelo valor de R$ 747 mil e um prazo de 30 meses.
O serviço era prestado na estação Palmeiras-Barra Funda, das 8h às 17h durante dias úteis. O benefício é concedido a pessoas que estão desempregadas há mais de 30 dias e permite o uso do sistema sobre trilhos sem custo por até 90 dias.

Veja nota da CPTM
“A CPTM, diante do reiterado descumprimento das obrigações trabalhistas por parte da empresa terceirizada responsável pela emissão da Credencial do Trabalhador Desempregado, instaurou um processo administrativo ainda em janeiro, para aplicação das sanções contratuais previstas. Na quarta-feira (05/02), com as informações recebidas e a recorrente falta do pagamento dos benefícios, a CPTM emitiu notificação de resilição contratual para a empresa prestadora do serviço.
Nesta quinta-feira (06/02), a emissão do benefício foi suspensa temporariamente.
A partir da próxima segunda-feira (10/02) a emissão do benefício para o trabalhador desempregado passa a ser 100% digital, em forma de cartão de embarque para agilizar o acesso do passageiro ao sistema e será enviado gratuitamente para o endereço fornecido pelo passageiro após o acesso ao site, preenchimento do formulário e envio de forma digital dos documentos necessários.”
Aqui na firrrrrma também tem gente que trabalha terceirizado pela ágil e houveram os mesmos problemas.
Torço para que tudo se resolva o mais rápido o possível e ninguém fique sem colocar o pão na mesa.
Mesmo tendo mão-de-obra própria suficiente para fazer essa função, a CPTM terceiriza para empresas de fundo de quintal e agora a sociedade fica sem o serviço.
Esse é um dos motivos pelos quais a CPTM está sempre definhando enquanto o Metrô sempre evolui. A CPTM deveria ter passado por uma reforma administrativa na década passada mas optaram por manter essa gestão caótica até o fim.