O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) deu sinais de que já não compartilha do otimismo dos primeiros meses quando prometeu conceder toda a malha ferroviária de São Paulo nos próximos anos.
Ao menos é o que sugeriram fontes da atual gestão à revista Veja nesta semana. Segundo elas, as concessões das linhas 2-Verde e 3-Vermelha do Metrô deverão ficar para o próximo mandato, a partir de 2027.
A justificativa é sensata: falta tempo para concluir o processo em cerca de dois anos antes de colocá-las em leilão neste mandato.
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O foco será oferecer ao mercado as linhas 1-Azul e 20-Rosa em um pacote, como já havia sido revelado anteriormente.
Nesse modelo, que está sendo avaliado, o ramal mais antigo do Metrô servirá como “chamariz” para os grupos privados já que significa na prática obter receita com a operação logo no início.
Em paralelo, a empresa vencedora tocará os projetos e estudos para tirar do papel a Linha 20, que ligará Santa Marina à Santo André.
“Menina dos olhos” do governador
Oficialmente, a Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) prevê que o leilão não apenas da Linh 20 mas também da Linha 19-Celeste (Guarulhos-centro de SP) ocorrerá no final de 2025, com assinatura de contratos no 2º trimestre de 2026.
No entanto, trata-se mais de um calendário teórico do que calçado em informações estabelecidas. Nele os estudos dos dois ramais serão concluídos no final deste ano e em apenas seis meses haverá audiências públicas e publicação do edital dentro de apenas um ano.

Embora mais adiantada, a Linha 19 pode ser superada pela Linha 20 nas prioridades do governo. Tarcísio considera o ramal Rosa como uma questão de honra, sobretudo no trecho que atenderá o ABC Paulista.
Região de mobilidade precária, seus munícipios dependem apenas da Linha 10-Turquesa, da CPTM, para se conectar à malha sobre trilhos.
São Bernardo do Campo, o mais populoso deles, não tem nem essa sorte. Tem sido condenado a depender apenas de ônibus operados por um grupo privado da região.