CPTM contrata empresa para estudos de trem entre Santos e Vale do Ribeira
A ligação regional faz parte dos “compromissos” da estatal ferroviária paulista para o quadriênio de 2025 a 2028.

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) informou nesta quarta-feira (2), ter selecionado a empresa responsável por estudos que vão complementar o projeto de trem regional no Vale do Ribeira/Litoral Sul.
A contratada é a “Solo Topografia e Georreferenciamento Ltda.” peo valor de R$ 244 mil para efetuar o levantamento aerofotogramétrico planialtimétrico georreferenciado do percurso em potencial. Trata-se na prática do registro fotográfico que permite obter maior conhecimento da área onde futuramente os trens devem passar.
O levantamento de informações compreende o projeto de trem entre a cidade de Santos, na Baixada Santista, até Cajati, cidade localizada no sul do estado, no Vale do Ribeira.
A possível futura linha faz parte de um compromisso/programa de metas da CPTM para em até 2028 finalizar todos os estudos e reativar um atendimento antes realizado pela FEPASA. A linha inclusive já foi mencionada pelo governador Tarcísio de Freitas em algumas oportunidades.
Uma das possibilidades é aproveitar o antigo traçado, partindo de Santos, passando por Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, Praia Grande, Pedro de Toledo, Itariri, Juquiá, Registro e Cajati, como pode ser visto no mapa abaixo.

Apesar da ideia preliminar, não existem ainda detalhes mais aprofundados da intenção desta nova linha, como o emprego de trens regionais, trens metropolitanos convencionais ou outra forma de serviço.
O contrato com a Solo Topografia tem vigência de nove meses contados a partir da assinatura.
Parte do antigo traçado já sofre com ocupações lindeiras ou utilização pelos poderes públicos municipais (como transformação em avenida ou rua).
Acho que todo estudo e oferta de serviço futuro DEVERIA já vir com algum pré-estudo baseado em atuações de fãs de transporte ou sites como “estações ferroviárias” (do Ralph Giestbrecht) que documentam as evoluções e retrações dos serviços ferroviários. E não creio que custe muito que o equivalente a um carro alugado, uns dois ou três tanques cheios de gasolina, três refeições diárias e ao menos uma hospedagem em algum lugar.
O ideal é que todo projeto seja visto in loco mesmo. Se os interessados tiverem real interesse, não duvido que ao invés de gastarem o dinheiro em uma churrascaria de luxo, gastam nesta aventura um pouco.
(E também vão entender a quem realmente vai precisar o transporte, no caso os locais de todos os municípios onde vão passar)
É o início de um começo.
Não deixa de já ser alguma coisa.
Torço muito para que um dia torne-se realidade, e não demore gerações para isso acontecer.