CPTM vai reativar plataformas na estação Palmeiras-Barra Funda

As obras com duração de um ano deverão reativar as plataformas à norte da estação e viabilizar a chegada das Linhas 11 e 13
Reativação das plataformas pode viabilizar serviços futuros (Jean Carlos/SP Sobre Trilhos)

O terminal intermodal da Barra Funda é um dos mais importantes pólos de transporte de São Paulo. O local conta com terminal de ônibus municipais, intermunicipais, rodoviários, além da conexão com os trens do Metrô, CPTM e futuramente do Trem Intercidades. A estação foi inaugurada em 1988 com a chegada do Metrô e foi responsável por unificar em um mesmo local as linhas da Fepasa e CBTU que antigamente paravam em pontos distantes, no mesmo modelo que ocorre atualmente com a estação Lapa.

As obras

As obras na estação Palmeiras-Barra Funda visam a reativação das plataformas 7, 8, 9 e 10. Atualmente essas plataformas estão sem utilização para os passageiros sendo que, em raros casos, elas são abertas para o tráfego de trens na Linha 7-Rubi. De certa forma, a estação da Barra Funda, apesar de sua grande importância como um dos principais hubs logisticos para milhares de passageiros, não é utilizada em seu pleno potencial, algo que deverá mudar com a chegada da Linha 11-Coral e 13-Jade.

As intervenções deverão ocorrer nas plataformas e no mezanino da estação. Deverá ser feita a instalação de novas escadas rolantes e elevadores, itens indispensáveis para que as novas plataformas se tornem mais acessíveis. A complementação de rotas táteis também está contemplada, permitindo aos passageiros com deficiência visual uma melhor locomoção pelas dependências da estação.

Plataformas 7, 8, 9 e 10 (á direita) (Jean Carlos/SP Sobre Trilhos)

Para as plataformas 7 e 8, a instalação de novas escadas rolantes está prevista. Para isso será necessária a demolição de algumas escadas fixas. Nas plataformas deverá haver o complemento das rotas táteis e a instalação de escadas metálicas nas extremidades das plataformas, o que deverá facilitar o acesso de equipes técnicas ao trecho além dos passageiros, em casos emergenciais.

Para as plataformas 9 e 10 está prevista a instalação de um elevador elétrico de alta capacidade com estrutura autoportante em perfis metálicos. Esse tipo de elevador foi recentemente implantado na estação da Luz na plataforma central e na plataforma 1 (sentido Jundiaí).

Outras intervenções estão previstas como melhorias no sistema de energia da estação, implantação de novos sistemas e dispositivos, intervenções hidráulicas entre outras que deverão ser disponibilizadas nos projetos a serem fornecidos pela CPTM.

Vale citar que a proposta de mudanças tem como base o projeto executivo executado em BIM (Building Information Modeling). O modelo de projeto é feito em uma plataforma tridimensional, o que ajuda os engenheiros e arquitetos na elaboração das intervenções ao mesmo tempo que dão uma perspectiva mais próxima do resultado final.

ESquema de como deverão ficar as plataformas de Barra Funda (Jean Carlos/SP Sobre Trilhos)

Prazo e custo

O prazo e o custo são pontos muito importantes em várias obras. A CPTM pretende firmar um contrato com a duração de 24 meses, sendo que neste período a empresa contratada deverá dispor de 12 meses apenas para a execução das obras. A sessão pública para o envio de propostas está marcada para o dia 29 de junho às 10h. O orçamento para o projeto é de R$ 4.898.662,77.

Conclusão

As mudanças previstas na estação Palmeiras-Barra Funda são importantes não só para viabilizar a chegada das linhas 11-Coral e 13-Jade, mas para que toda a estrutura da estação possa estar em plena utilização. Atualmente quem passa pelo local deve se questionar o motivo pelo qual existem tantas plataformas sem uso. Certamente não foi falta de planejamento, mas uma visão de futuro que previa a importância crescente do TI Barra Funda para o futuro.

Outro ponto que deve ser destacado é o fato do projeto ter sido modelado em BIM. Ver que a CPTM está começando a se atualizar com as técnicas mais modernas do mercado é algo bastante promissor. Agilidade nos processos, na elaboração de ideias e de sua consequente implantação são pontos importantes para que as empresas estatais estejam sempre em pé de igualdade com o setor privado que a cada dia tem sua participação mais forte na mobilidade sobre trilhos.

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5 comments
  1. Alguém sabe em que pé está o projeto da rodoviária de Itaquera, que faria integração com as estações das linhas 3 e 11?

    1. Eu sou morador de Itaquera e posso te dizer que as obras continuam paradas, acredito que se mantém há uns 4 anos, não existe sequer movimento nas obras.

  2. As plataformas ociosas da estação Barra Funda serviam aos trens de longo percurso que foram, lamentavelmente, desativados no final dos anos 90. Na época, serviram para retirar esses serviços das estações Luz e Júlio Prestes.

  3. Bom, para isso creio que o lavador tem que ser remanejado par ao tráfego de trens da 710 não atrapalhar, outra coisa, das plataformas 5 até a 10 são cindo vias, a e tem uma via desativada encostada na comunidade do moinho, essa via teria que ser reativada sendo via permanente direto da Plataforma 1 de Luz até a Plataforma 5 da Barra Funda com isso teria uma via a mais.

  4. Estas plataformas já deveriam estar prontas há muito tempo para receber estas outras linhas e o TIC. É muito triste ver como o transporte urbano nesta metrópole não tenha a importância, a urgência e a
    rapidez que tanto precisamos… lamentável.

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