Metrô substitui consórcio que irá fiscalizar fabricação de trens da Linha 17-Ouro

Companhia inabilitou consórcio EBEI-SYSTRA SIST L17, que havia feito a proposta mais barata. Empresa Intertechne Consultores irá assumir contrato por R$ 20,9 milhões
Monotrilho da BYD SkyRail

A Linha 17-Ouro tem sido um imenso abacaxi para o Metrô, por conta das constantes indefinições e imbróglios jurídicos a respeito da sua implantação. Não bastasse isso, até mesmo uma licitação secundária, que envolve a escolha de uma empresa para fiscalizar um contrato principal, acaba levando mais tempo do que o esperado.

Em setembro do ano passado, a companhia havia publicado um edital para supervisão, auditoria, fiscalização e inspeção da implantação do contrato de sistemas, sob responsabilidade da BYD SkyRail e que inclui a fabricação de 14 trens de monotrilho.

Esse trabalho, como se vê, não impede que a BYD execute o serviço (que já está ocorrendo há pelo menos sete meses), porém, nem por isso teve um trâmite normal.

Após uma tentativa de impugnação pelo SINAENCO, sindicato das empresas de projetos e arquitetura, o Metrô recebeu as propostas em sessão pública realizada em 15 de dezembro. Dois dias depois, a companhia recebeu do consórcio EBEI-SYSTRA SIST L17, dono da menor proposta (R$ 19,8 milhões) a documentação de habilitação.

Ata que afastou a EBEI-SYSTRA e habilitou a Intertechne Consultores (CMSP)

No entanto, quase seis meses depois, finalmente o Metrô publicou a habilitação do vencedor e que não é o EBEI-SYSTRA e sim a segunda colocada, a Intertechne Consultores, que fez uma proposta de R$ 20,9 milhões.

Segundo a ata divulgada pela companhia do metropolitano neste sábado, o EBEI-SYSTRA acabou inabilitado por conta de o consórcio não atender os requisitos de capacitação técnica. Em paralelo a essa longa análise, o Metrô já havia solicitado à Intertechne que enviasse a documentação para habilitação, o que permitiu que ela fosse declarada vencedora.

Se não houver contestatação do consórcio afastado, a empresa habilitada deverá assinar o contrato nos próximos meses e iniciar os trabalhos pouco tempo depois, lembrando que isso pode ocorrer cerca de um ano após a BYD ter iniciado a fabricação dos trens e sistemas.

Nada impede, no entanto, que mais uma licitação da Linha 17 acabe parando na Justiça caso a EBEI-SYSTRA se sinta prejudicada pela decisão do Metrô. O que não será novidade em se tratando da maior parte dos projetos da empresa.

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