Em segundo dia de greve, linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha operam parcialmente

Companhia acionou plano de contingência para operar trechos centrais de três ramais enquanto monotrilho segue parado. Proposta de abono será votada às 7h e pode pôr fim ao movimento
Pátio Tamanduateí (Jean Carlos)

O segundo dia da greve dos metroviários de São Paulo começou com as quatro linhas operadas pelo Metrô fechadas, nesta sexta-feira, 24. Após assembleia na sede do Sindicato dos Metroviários na noite de quinta, a categoria decidiu pela continuação da paralisação “até que governo e direção do Metrô paguem o que devem aos funcionários do metrô”, disse a entidade em nota.

As linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata amanheceram fora de operação no início da manhã, mas o MetRô conseguiu implantar o plano de contingência e restabelecer o srviço parcial nas linhas 1-Azul, 2-Verde 3-Vermelha:

Linha 1- Azul: de Ana Rosa a Luz
Linha 2- Verde: de Alto do Ipiranga a Clínicas
Linha 3-Vermelha: de Santa Cecília a Bresser- Mooca

A Linha 15- Prata permanece fechada, enquanto as quatro linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda, operadas pela iniciativa privada, e os cinco ramais sob responsabilidade da CPTM, funcionam normalmente.

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Esses trechos facilitam a conexão com as demais linhas do sistema, por isso são priorizados. Não é o caso da Linha 15-Prata, cuja única estação de baldeação é Vila Prudente e que segue fora do trecho prioritário.

A CPTM informou que o Expresso Linha 10 continuará suspenso nesta sexta-feira por conta do fechamento da estação Tamanduateí, da Linha 2-Verde.

O governo do estado e a prefeitura decretaram ponto facultivo para o funcionalismo público, a fim de reduzir a demanda por transporte na cidade.

Trem circula vazio nesta quinta, 23 (Jean Carlos)

Queda de braço

No primeiro dia de greve, o Metrô e o Sindicato dos Metroviários protagonizaram uma queda de braço, com idas e vindas de decisões de tribunais. Logo no início da manhã, o presidente da companhia, Paulo Menezes, enviou carta à entidade aceitando a proposta de catraca livre para os passageiros desde que todos os funcionários voltassem ao trabalho imediatamente. A ideia de liberar o acesso às estações sem pagamento é rechaçada pelo governo do estado há tempos, mas foi acatada pela relatora do caso no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

Os funcionários começaram a voltar aos postos no meio do dia, mas o Metrô não abriu as estações, alegando que o quadro não estava completo, o que o sindicato negou. Em seguida, a companhia anunciou ter obtido uma liminar na Justiça comum que obrigava a categoria a oferecer 80% do efetivo em horários de pico e 60% do serviço nos demais horários.

Os metroviários votaram por continuar a greve, mas a empresa conseguiu reativar parcialmente o serviço até às 20h. Ainda durante a tarde, o Ministério Público do Trabalho apresentou uma proposta de pagamento de R$ 2,5 mil de abono por ano entre 2020 e 2022. O sindicato afirmou que “caso a empresa aceite a proposta do MPT, voltaremos ao trabalho”.

O Metrô, por outro lado, reconheceu que não há dinheiro para pagar os abonos devido aos seguidos prejuízos causados pela pandemia e o fato que o movimento nas linhas estar ainda bem abaixo da demanda de 2019. No entanto, nesta manhã, a empresa fez uma proposta para encerrar o movimento e que será votada às 7h pela categoria.

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