A recuperação da estação Cesar de Sousa em Mogi das Cruzes voltou a ser alvo de discussão recentemente. O secretário de mobilidade do município, Caio Luz, afirmou ao G1 que a extensão da Linha 11-Coral à leste está em discussão com a CPTM.
Atualmente os trens da Linha 11-Coral fazem parada em quatro estações dentro de Mogi das Cruzes, sendo a última delas a estação Estudantes.
Siga o MetrôCPTM nas redes: Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
Entretanto, ainda existem outras duas estações dentro do município que não prestam serviços com passageiros regularmente. São elas a estação Eng. Cesar de Sousa e a estação Sabaúna no extremo leste do município.
A estação Cesar de Souza fica localizada entre os bairros de Vila Suissa, Jardim Juliana e Jardim São Pedro que contam com uma população estimada entre 40 e 45 mil habitantes.
Atualmente existem praticamente duas vias de acesso dos bairros até a região central de Mogi: a Avenida João XXIII e a Rodovia Henrique Eroles. As poucas ligações podem, em horário de pico, causar maior impacto ao sistema viário.

Além destes dois viários, temos a ferrovia que corta a região, mas que atualmente é utilizada somente por trens de carga da MRS Logística. A ideia é utilizar a faixa de domínio existente para levar os trens até o distrito.
Entretanto, o desafio é grande. Sendo necessário, no mínimo, uma duplicação das vias férreas e implantação de toda estrutura necessária para a circulação de trens como rede aérea, sinalização e a modernização/construção de uma nova estação.
Estudos passados indicam uma demanda significativa para a estação, que teria 9 mil passageiros diários nos primeiros anos de operação e passaria aos 17 mil passageiros após 10 anos de operação.

Entretanto, os mesmos estudos indicam que a demanda passageiros não necessariamente seriam de novos usuários. Segundo a análise realizada esse aumento seria acompanhado de uma diminuição do uso das demais estações como Estudantes e Mogi das Cruzes.
Cabe citar que o estudo realizado pela CPTM foi elaborado em 2011. Depois de mais de 10 anos a dinâmica de mobilidade na região pode ter sido alterada de forma que, atualmente, possa haver necessidade de ampliar o atendimento de transporte por meio ferroviário.

Como consequência de uma possível expansão, os moradores da região teriam maior qualidade em seus deslocamentos. O bairro seria valorizado e a construção de novos empreendimentos, sejam residenciais ou comerciais, poderia dinamizar a região.