Uma apresentação divulgada pela Secretaria de Parcerias em Investimentos, tanto no dataroom como nas audiências públicas, revela que o Expresso Linha 10 (também chamado de Expresso ABC), serviço que liga Tamanduateí à Santo André nos horários de pico, tem prazo para ser encerrado.
A informação consta em letras miúdas na longa apresentação formatada pela pasta que está organizando as concessões do transporte sobre trilhos em São Paulo. Segundo os dados expostos, o serviço deverá operar até o sexto ano da concessão, quando será extinto.
A frota de trens utilizada para este serviço será a de trens da Série 2070, os mais antigos da CPTM em operação. O expresso atende as estações Tamanduateí, São Caetano e Santo André com partidas a cada 30 minutos.

Apesar dos investimentos no sistema ETCS, novo padrão de sinalização adotado pelo governo, a partir do sexto ano de concessão o serviço deixará de operar.
O Expresso ABC/Linha 10 atende a demanda nos horários de pico permitindo a oferta de viagens adicionais em um trecho bastante carregado da Linha 10-Turquesa. Os trens geralmente utilizam uma via central obtendo ganho de velocidade nas viagens.

A SPI não explica no documento o motivo do fim do serviço, mas pode envolver a diminuição dos intervalos máximos da Linha 10 para 4,5 minutos no período de pico.
Segundo o contrato de concessão, está prevista a redução dos intervalos a partir do 9º ano de concessão. Entre o primeiro e o quinto ano de concessão a oferta de lugares será de 25,8 mil passageiros/hora/sentido.
A partir do sexto ano, com o fim do expresso a oferta cairá para 21,8 mil passageiros/hora/sentido. A situação deverá ser superada com a redução dos intervalos a partir do nono ano de concessão, quando a oferta será de 26,6 mil passageiros/hora/sentido.

A concessão das Linhas 10 e 14 segue em etapa de consulta pública. Portanto, os planos para o encerramento do Expresso Linha 10 ainda podem ser alterados pelo governo.
Tendo em vista que o Expresso existe pra limpar a plataforma e ajudar Santo André a não colapsar, faz sentido ele ser extinto com a diminuição do intervalo.
Nove anos pra cobrar redução de intervalo é palhaçada né, essa de eria ser a primeira meta da concessão e não a última
Pq o que beneficia a população tem sempre que ser extinto,os bonitos ai que não usam trem pq andam nos seus carrões com ar condicionado,no sossego troca aí um mês e pega o trem em Santo André ou nas próximas estações pra ver como é tão bacana,muitas e muitas pessoas bem juntinhas e isso pq vc tem que chegar com antecedência pra ficar bem perto do embarque e conseguir entrar.Esse expresso só ajudou a população que era dessa forma que a Estação em Santo André ficava é brincadeira sua extinção né…
E falo pq faz 23 anos que utilizo o trem pra trabalhar e já passei cada uma ,que não desejo pra ng a experiência.
é sempre assim, eu pego o trem na Linha 7 e vou até a Luz, mas a partir de setembro a linha q eu uso só irá até a Barra Funda e perderemos a integração direta até as linhas amarela e azul. E claro, os abençoados nunca pegaram um trem na vida, eles fazem essas aberrações sem pensar nas pessoas q realmente precisam do serviço.
Faz todo o sentido, considerando que o atual Expresso funciona de forma precária (foi criado apenas para a CPTM fingir investimentos na esquecida Linha 10) e não há espaço para uma ampliação decente até Mauá. Com a diminuição dos intervalos, o Expresso perde sua razão de existir.
O Expresso da L10 não tinha que ser extinto, mas sim remodelado, passando a atender todo o trecho do loop interno entre Luz e Mauá, fazendo uso da via auxiliar central (ociosa nos horários de pico) entre Santo André e Brás, e não só até Tamanduateí.
Contudo, para isso, o Expresso L10 (trens do loop interno operando de modo expresso) atenderia somente o sentido dominante (de maior fluxo) de carregamento em cada horário de pico. Ou seja: saindo de Mauá no sentido Luz no pico matutino; e saindo da Luz no sentido Mauá no pico vespertino/noturno.
Muito melhor assim do que a sua simples extinção.
Desta forma, teria-se um trem do expresso (no fluxo) a cada 9-10 min, alternando com o parador (com a mesma oferta/mesmo intervalo), que percorreria toda a linha (loop externo) entre R. Gde. da Serra e Luz.
Isto economizaria até material rodante (trens), já que um trem expresso faria a viagem entre Mauá e Luz (ou o contrário) de forma significativamente mais rápida!
Da forma como está hoje, espera-se muito pelo expresso (30 min de intervalo), o qual só é bom para desafogar um trecho da L10 apenas.
Mas, em especial no pico matutino, o tal “expressinho” só lota ainda mais a já lotada e pequena Tamanduateí, além de encher mais a L2 na hora de pico (momento de carregamento máximo)
Se hoje a L2 ainda dá conta do recado, a partir de 2029 (em Penha) não vai mais dar conta, e depois de 2032 (em Dutra), menos ainda!
A dinâmica de conexões na rede precisam ser repensadas (incentivadas de outra forma). Se Luz e Sé vão desafogar futuramente, além da possível “expansão” da L9 para Água Branca e/ou Barra Funda (o que também desafoga Luz e República) e com a L11 na Barra Funda, então se abre espaço (de sobra) para se incentivar a conexão da L10 em Luz e evitar ao máximo descer em Tamanduateí.
E nem estou contando com o novo túnel de transferência na Luz, que vai melhorar substancialmente a conexão nesta estação.
Se tiver mais estações na linha e delas sendo as de integração importantes, ou pula elas perdendo a atratividade do serviço, ou atende deixando de ser expresso.
Bom Retiro, Luz, Pari, Brás, S. Carlos, Ipiranga, Tamanduateí, Santo André e Pirelli, isso sem contar a estação de SCS…
Corrigindo: diminuindo a atratividade do serviço para quem vai usar uma determinada estação, pois ele não vai parar.
Claro foi privatizado, a CPTM ta com raivinha então bota pra lascar nos usuários, CPTM lixo
Como manter 5,5 min entre Mauá e RGS operando, em loop, com 4,5 min entre Mauá e Luz?
Alguém explica essa conta?
O Expresso Linha 10 foi criado apenas pela CPTM para ludibriar a população do ABC e fingir investimentos na Linha 10. Enquanto a CPTM reconstruiu estações como Francisco Morato, Franco da Rocha, Grajaú, Suzano, São Miguel e Itaim, não fez nada em Mauá e Santo André e fez uma reforma constrangedora em São Caetano.
Em sinalização, o cenário é ainda pior.
Em 1984 a CBTU informava que o intervalo mínimo entre Luz e Paranapiacaba era de 9 minutos.
No período de gestão da CPTM, eis os intervalos da Linha 10:
– 1994: 12 minutos (Luz – Rio Grande da Serra)
– 2004: 9 minutos (Luz – Rio Grande da Serra)
– 2014: 5 minutos (Brás – Rio Grande da Serra)
– 2025: 8 minutos (Jundiaí- Rio Grande)/6 minutos (Mauá-F. Morato)
Em mais de 40 anos o intervalo evoluiu e está regredindo, mesmo com a CPTM recebendo investimentos de R$ 20 bilhões nos últimos 30 anos (só em sinalização foram mais de R$ 1 bilhão entre 2019-2022).
É frustrante constatar que mesmo com o estado investindo pesado nos últimos 30 anos, a CPTM conseguiu diminuir o intervalo da Linha 10 (nas pontas) em apenas 1 minuto (comparado com o que era realizado em 1984). Dinheiro não faltou. Faltou competência para a CPTM.