Ramal metroviário totalmente subterrâneo, a Linha 6-Laranja deve ser inaugurada dentro de cerca de três anos, adicionando 15 novas estações e mais de 15 km à malha metroferroviária de São Paulo.
Neste ano de 2022, que está prestes a se encerrar, a imensa obra tocada pela construtora espanhola Acciona passou por momentos difíceis como o rompimento do interceptor de esgoto da Sabesp em fevereiro, mas também avanços significativos.
Com pouco mais de dois anos de atividades, os canteiros do empreendimento atingiram estágios variados, com a escavação de poços e túneis além de concretagem de pisos em alguns casos.
É justamente esse “mundo subterrâneo” que chama a atenção na Linha 6 neste momento. Imagens divulgadas pela LinhaUni, futura concessionária que irá operar o ramal, e outras fotos compartilhadas em redes sociais, revelam as novas fronteiras da linha metroviária paulistana.
Local de partida da tuneladora sul, a estação Santa Marina é vista com o túnel pronto escavado pela máquina, apenas com tubulações e a esteira para retirada do material extraído por ela. É uma cena parecida com a vista no SE Aquinos, futura saída de emergência do ramal, já perto do Rio Tietê.
Na foto que abre este artigo está um dos túneis de plataforma da estação Água Branca, que deve receber a visita do tatuzão no início de 2023. Assim como Santa Marina, SESC-Pompeia e Perdizes estão escavadas pelo método de VCA invertido. Com isso, já é possível ter ideia de seus amplos mezaninos, ainda com estruturas sem o devido acabamento.
Um pouco mais à frente, a Acciona abre os túneis de serviço do VSE Pacaembu, que ficará próximo ao estádio de mesmo nome e servirá para estacionamento de trens de estratégia. As estações mais próximas do centro da capital já têm poços bastante profundos, mas o trabalho de abrir túneis deverá ter início a partir do ano que vem.
Na outra ponta da Linha 6, no trecho ao norte da Marginal Tietê, o ramal já tem avanços importantes em estações como Freguesia do Ó, Brasilândia e Itaberaba contam com uma área subterrânea bem extensa. No entanto, a imagem mais recente vista do trecho é da estação João Paulo I, postada em rede social. E como se vê, os túneis de plataforma encontram-se bastante adiantados, com a segunda camada de concreto aplicada.
O VSE Tietê, de onde partiram os dois tatuzões, é outro que possui uma grande extensão de túneis, situação parecida com o Pátio Morro Grande, cujas vias atravessam uma antiga pedreira.
Certamente, em 2023 a Linha 6-Laranja já terá criado boa parte do seu trajeto por baixo de São Paulo, preparando o caminho para que mais de 600 mil pessoas circulem por ele daqui a algum tempo.