Jundiaí responderá pela maioria dos passageiros do Trem Intercidades

Trem regional da CRRC
Trem regional da CRRC

Mais conhecido como Trem Intercidades SP-Campinas, o trem regional que estreará em 2031 poderia se chamar “TIC São Paulo-Jundiaí”.

A razão é que a cidade que será parada intermediária do serviço expresso responderá por 62% da demanda de passageiros.

Na prática, tratam-se de quase 71% mais usuários do que os que embarcarão e desembarcarão em Campinas, terceira maior cidade do estado.

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Os dados estimados constam dos estudos que foram elaborados pelo BID, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, contratado pelo governo de São Paulo para preparar o edital de concessão.

Mapa de carregamento do TIC Eixo Norte mostra como viagem SP-Jundiaí será mais elevada que o trecho para Campinas
Mapa de carregamento do TIC Eixo Norte (BID)

Segundo um documento, a viagem São Paulo-Campinas terá cerca de 15.500 passageiros por dia enquanto os embarques entre a capital e Jundiaí somarão mais de 26,3 mil pessoas. Haverá ainda uma pequena demanda para viajantes entre Campinas e Jundiaí (610 pessoas).

Os dados se referem a 2030, ano em que na verdade o TIC Eixo Norte, como também é chamado, ainda não funcionará. No cenário de 2050, a situação pouco muda, com um pequeno aumento da demanda para e de Campinas.

A tabela de carregamentos mostra que o trecho SP-Jundiaí terá uma demanda crítica de 22 mil usuários no sentido da capital e 19,7 mil no sentido inverso.

Preço da passagem vs. tempo de viagem

Embora seja esperado que a proximidade com a capital torne Jundiaí uma fonte de demanda maior em virtude do tempo menor de viagem, a atratividade do trem regional para quem terá Campinas como destino ou procedência causa uma certa surpresa.

TIM partirá da estação Jundiaí (Jean Carlos)
Estação Jundiaí atrairá quase 62% dos passageiros do Trem Intercidades (Jean Carlos)

Como um serviço expresso, que pretende justamente tornar as viagens entre as duas cidades mais rápidas do que outros modais, como automóveis e ônibus, o TIC talvez pudesse ser mais atraente.

Não está claro se a barreira para isso esteja no tempo de deslocamento um tanto alto (1 hora e 4 minutos) ou talvez no preço a ser cobrado.

Caberá à TIC Trens, concessionária que irá operar tanto o serviço expresso quanto o Trem Intermetropolitano, trabalhar para mudar as perspectivas traçadas pelo BID.

Se não tem muita margem para tornar a viagem mais rápida, já que isso envolve uma questão de infraestrutura, a empresa tem nas mãos o aspecto comercial ao ser possível oferecer tarifas mais baixas.

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