Linha 15-Prata atinge seu maior nível de movimento em dias úteis

Criticado modal já transporta uma média de 117 mil de passageiros diariamente. Demanda deverá aumentar significativamente em 2023 com melhorias no ramal do Metrô
Linha 15-Prata: novo recorde (CMSP)

Alvo de críticas constantes, a Linha 15-Prata do monotrilho aos poucos vai atraindo mais passageiros, que têm ganhado minutos preciosos em seus deslocamentos desde Jardim Colonial até a estação Vila Prudente, onde há a conexão com a Linha 2-Verde.

Em novembro, o ramal registrou a sua melhor média diária de passageiros transportados em dias úteis. Foram 117 mil usuários utilizando o monotrilho nos dias de semana, superando a marca anterior, de 116 mil pessoas atingida em fevereiro de 2020.

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A demora em quebrar essa marca se explica por três fatores: o acidente com um trem Innovia 300 no mesmo mês de 2020 e que motivou o fechamento da linha por quase quatro meses para correções nas vias e trens. Após isso, a Linha 15 foi retomada, porém, em meio à pandemia do Covid-19.

Por isso o movimento de passageiros tem demorado a crescer, além de restrições operacionais persistentes no monotrilho, por conta da ausência de aparelhos de mudança de via estratégicos. Essas áreas de manobra, no entanto, estão prestes a serem entregues, o que permitirá maior agilidade operacional e uma oferta maior de viagens.

A evolução do movimento na Linha 15 desde janeiro de 2020 (clique na imagem para ampliar)

A expectativa é que as melhorias sejam entregues entre o final deste ano e o começo de 2023. Com isso, espera-se que a Linha 15-Prata possa finalmente se aproximar de sua capacidade nominal, que é cerca de três vezes maior que o movimento atual.

Em tese, o sistema de monotrilho foi projetado para oferecer um desempenho semelhante ao das linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha, graças ao sistema de sinalização CBTC e perfis de aceleração,  frenagem e velocidade média compatíveis com trens convencionais de metrô.

A grande diferença está na capacidade dos trens, que é menor que as composições tradicionais da companhia. São sete vagões com capacidade para pouco mais de mil usuários contra cerca de 2 mil passageiros nos trens das frotas das demais linhas operadas pelo Metrô de São Paulo.

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  1. A demanda aumentou muito e a linha não tem capacidade de atendimento para essa multidão, nos dias de semana eles simplesmente desligam as escadas rolantes para retardar a chegada do pessoal na plataforma, tornando um caminho até a mesma difícil, se não estou enganada são 5 escadarias enormes para subir. Acredito que não acharam que haveria essa demanda toda!

    1. A linha ainda tem espaço para aumento da capacidade de mais de 100%, já que os intervalos nos horários de pico são pelo menos o DOBRO das linhas atuais de metrô. Com o inicio da operação das areas de manobra pós V.Prudente e jardim colonial, a capacidade da linha será dobrada e o metrô poderá operar com intervalos de 2 minutos pelo menos, como nas demais linhas . . .

  2. Acho o monotrilho um bom modal, ainda mais pensando que antigamente quem tinha que fazer o caminho do terminal São Mateus a estação Vila Prudente tinha que pegar os abarrotados ônibus da linha Ter. Mercado/Ter. São Mateus. Não pegava essa linha de manhã no horário de pico, mas senti na pele um gostinho de como era essa época no último sábado no péssimo sistema PAESE, o ônibus estava abarrotado, fora a demora do mesmo. Que a partir daqui o monotrilho só cresça e continue servindo a população da zona leste que tanto precisa de um transporte de qualidade.

  3. Isto mostra que o monotrilho é um bom modal de transporte só perdendo para o metrô e trens metropolitanos, além de melhorar o entorno por onde passa, é só ver como está a Anhaia Melo, mais um motivo para rever a troca da linha 18 por BRT e fiscalizar melhor a construção da linha 17 e pensar em fazer com que a linha 17 chegue a Paraisopolis e Jabaquara. Deveriam fazer uma reportagem e pesquisa com os usuários da linha 15 para saber como o monotrilho melhorou a mobilidade.

      1. Retrocesso, e se implantar um sistema obsoleto que no estado de origem do governador Tarcísio se deseja remover!
        Com relação ao governador eleito indicado pelo presidente derrotado que já está junto com Rodrigo Garcia não fez absolutamente nada de relevante por São Paulo enquanto foi Ministro dos Transportes, lembrando que São Paulo possui 31% da arrecadação nacional, e será um PSDB maquiado com muitas promessas inexequíveis e poucas realizações inclusive com a revitalização e expansão das ferrovias paulistas de cargas e já falou que vai manter o projeto do BRT para a Linha 18-Bronze, mesmo em seu estado de origem que possui o número maior que São Paulo, enquanto isto lá já decidiram que substituíram tudo por VLT, de acordo com o plano da Prefeitura do Rio de Janeiro de expandir o sistema de VLT na cidade. Em agosto, o prefeito Eduardo Paes anunciou que pretende ligar, por meio de bondes, os bairros da Gávea a Botafogo, na Zona Sul, em parceria com a iniciativa privada. O outro plano é substituir o atual sistema BRT (Bus Rapid Transit), que opera principalmente nas zonas Oeste e Norte do Rio e que enfrenta uma série de problemas, com os corredores de ônibus Transcarioca e Transoeste sendo gradativamente transformados em sistemas de VLT, em rede com mais de 250 km de extensão. Retirar a câmera dos policiais para igualar aos padrões carioca de abordagem sem testemunhas para dificultar o rastreamento. Privatizar a SABESP com padrão de qualidade CEDAE com aumento imediato de custo para os consumidores, e concessões da CPTM que passaram a ter o padrão SUPERVIA!

    1. Linha 15-Prata funcionando cada vez mais redondinha, logo mais as áreas de manobra para otimizar o loop, tudo indo bem. Está pronta para entregar para a CCR!

  4. Existe um episódio recente de um lançamento de um projeto futurístico de Linha 16-Violeta nova em paralelo a Linha 15-Prata, após os gestores e planejadores do Metrô chegaram à conclusão lacônica de que a Linha 15-Prata não poderá se expandir além de Jacu Pêssego rumo a Leste sem que aja uma linha para dividir o fluxo, por conta da alegação de aumento de uma demanda “imprevista” com o risco de colapsar o sistema, apesar das inumeráveis advertências na época da implantação de vários especialistas e sites especializados de sua limitação, em mais uma omissão dos arquitetos planejadores do Metrô de SP, demonstrando que estão pressionados politicamente ou desfocados da realidade e despreparados para calcular a demanda de passageiros, e o dimensionamento das obras Metrô ferroviárias, principalmente quando se trata de integração de Linhas.
    “A grande diferença está na capacidade dos trens, é que embora possuem carruagens com largura de 3,1m semelhantes as Linhas 1, 2 e 3 do Metrô e CPTM, é menor que as composições tradicionais da companhia. São sete vagões com capacidade para pouco mais de mil usuários contra cerca de dois mil passageiros nos trens das frotas das Linhas 1, 2 e 3 operadas pelo Metrô de São Paulo, ou seja praticamente o dobro”.

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