Linha 16-Violeta: Estação Fazenda do Carmo deverá atender 37 mil passageiros por dia

Localizada entre a estação Cidade Tiradentes e Colônia, a nova estação deverá encurtar viagens para quem vive no extremo leste de São Paulo
Estação Fazenda do Carmo deverá ter plataforma central (Jean Carlos)

A Linha 16-Violeta é um dos novos projetos metroviários que poderá melhorar a qualidade do transporte dos moradores da Zona Leste de São Paulo. Com a divulgação do projeto diretriz é possível observar de forma mais detalhada a sua implantação.

Já abordamos detalhes sobre a estação Cidade Tiradentes e nesta matéria daremos maior foco à estação Fazenda do Carmo, situada numa região com transporte público de baixa qualidade.

A localização inicial da estação levava em consideração o antigo traçado da Linha 16-Violeta. Anteriormente a estação, ora denominada por Estrada do Iguatemi, estava localizada muito próxima a uma área de proteção ambiental.

Através de análises mais aprofundadas o traçado da linha foi alterado e uma nova estação foi inserida entre Colônia e Cidade Tiradentes, cuja distância era superior a 5 quilômetros. A nova estação estará localizada no entroncamento da estrada do Iguatemi com a avenida Vinte e Quatro de Agosto.

Estudo de localização da estação (Metrô SP)

A demanda da estação Fazenda do Carmo está estimada em 37,4 mil passageiros por dia no cenário 2039. O carregamento no horário de pico da manhã está estimado em 24,4 mil passageiros no sentido Oscar Freire.

Demanda da estação (Metrô SP)

Na região da estação Fazendo do Carmo passam 17 linhas de ônibus municipais. Algumas destas linhas tem como destino final estações da Linha 3-Vermelha como Itaquera, Guilhermina Esperança e Tatuapé. A estação Guaianases da Linha 11-Coral também é contemplada, assim como a ligação até o terminal Parque Dom Pedro II.

Linhas de ônibus que passam pela região da estação (Metrô SP)

As características de ocupação no local são bastante variadas, sendo majoritariamente residencial. Há também a presença de vastas áreas comerciais e industriais. A presença do córrego São Tomé divide a área em dois setores, sendo importante a ligação leste/oeste para melhor acessibilidade nos bairros. 

Uso e ocupação do solo (Metrô SP)

Em termos de equipamentos urbanos destacam-se a EMEF Saturnino Pereira, o CEU Hinário Monteiro e a Etec de Itaquera. A região conta apenas com um equipamento de saúde e área destinada a cultura.

Duas grandes lojas atacadistas abastecem a região. Além disso, a área de influência da estação conta com duas favelas, a da Gleba com 150 domicílios e a do Iguatemi com 230 domicílios.

Equipamentos públicos (Metrô SP)

A estação Fazenda do Carmo será construída em uma profundidade estimada de 27,5 metros. Na extremidade leste da estação há presença de um declive com rampa de 4%, enquanto na porção oeste a rampa em declive é de 1,9%.

Perfil topográfico da estação (Metrô SP)

O método construtivo para a estação Fazenda do Carmo será o NATM e será dotada de plataforma central. A construção dos túneis nesta região também seguirá o método de escavação manual variando em túnel singelo (NATM1) ou tunel duplo (NATM2)

Método construtivo (Metrô SP)

A construção da estação deverá desapropriar uma área de 19,8 mil m². Três imóveis deverão ser desocupados para permitir a escavação da estação e de seus acessos que se localização tanto a leste, quanto a oeste do córrego São Tomé.

Vale observar que esses dados surgiram do projeto diretriz e podem mudar. O Metrô está contratando o anteprojeto de engenharia e projeto básico, que deverão trazer maior clareza e precisão à Linha 16.

Áreas a serem desapropriadas (Metrô SP)

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  1. Uma coisa que estranho é o fato da região ser bem populosa mas ter estações tão espaçadas uma da outra. Sei que muitas vezes é para viabilizar a construção financeiramente, mas em certos casos poderia haver formas de construir estações futuras. Um desses casos é na Linha 5 – Lilás, que suprimiu a estação M’Boi Mirim.

    1. Geralmente fazem isso não só porque o custo é mais alto mas também porque contam com a centralização de demanda da região, numa área muito residencial espaçada apenas de casas é melhor fazer assim do que mais estações e encarecendo o projeto, linha de metrô pra ser feito no relevo e na dinâmica que são paulo tem é bastante caro e difícil

    2. Na verdade não é m boi mirim na verdade é estação jardim angela e pelo que eu saiba não exista nenhum projeto da linha 5 lilás até o m boi mirim

  2. Gostaria de entender como está o cronograma e em que situação se encontram as novas linhas que vemos notícias:
    A linha 14 Ônix
    A linha 16 violeta
    A linha 19 celeste
    A linha 20 Rosa
    A linha 22 marrom
    Qual delas está mais próxima de sair do papel e começar as obras no futuro?

    1. A Linha 19 Celeste é a que está mais próxima de sair de papel. O ex-Governador, Rodrigo Garcia, já previa início das obras em 2024, com abertura em 2029. Seguindo a fila, viriam as Linhas 20 – Rosa, 16 – Violeta e por fim a 22 – Marrom e 14 – Ônix, que estão em fase mais inicial de estudos.

  3. Tenho 69 anos e moro na região da Fazenda do Carmo, porém, dificilmente verei sair pronta essa estação, haja vista a morosidade e atrasos por que passam a construção dessas linhas do metrô

  4. Apenas como comparação de distância entre estações, trecho retirado daqui mesmo do site: “Com oito estações e 6,7 km de extensão operacional, a Linha 17-Ouro ligará o Aeroporto de Congonhas às linhas 5-Lilás e 9-Esmeralda em sua primeira fase.”.

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