Durante a assinatura do contrato do projeto básico da Linha 19-Celeste, nesta terça-feira (21), o secretário dos Transportes Metropolitanos, Paulo Galli, revelou que o ramal será o mais moderno já projetado pelo Metrô.
Segundo o executivo, a companhia decidiu incluir várias inovações no projeto da linha que ligará Guarulhos ao centro da capital paulista, entre eles a adoção de túneis com uma rampa mais elevada, ou seja, com trens capazes de operar em ângulos mais pronunciados.
Por conta disso, será possível construir estações menos profundas, o que também se refletirá num menor custo de implantação. Galli não revelou outros detalhes, mas confirmou que a Linha 19 fará uso de energias renováveis.

Em recente declaração, o titular da STM havia dito que a instalação de usinas de energia fotovoltaica pode ser capaz de suprir boa parte da demanda de operação de alguns ramais, gerando uma economia bastante significativa.
Todos esses detalhes serão revistos pelo consórcio MNEPIE, que fará o projeto básico nos próximos dois anos. A previsão do governo é que a Linha 19 fique pronta a partir de 2029.
Ela contará com 17,6 km de extensão, 15 estações e 31 trens, com início em Bosque Maia e fim na Praça da Bandeira, no centro de São Paulo. Serão quatro conexões com a rede metroferroviária, em Anhangabaú (Linha 3), São Bento (Linha 1), Pari (Linha 11) e Dutra (Linha 2).
O tempo estimado de viagem no percurso total é de 30 minutos, metade do que leva percorrer o mesmo trecho de ônibus atualmente.

Caberá à próxima gestão, no entanto, decidir se a Linha 19 será construída de forma convencional, por meio de licitações por lotes fiscalizadas pelo próprio Metrô, ou uma Parceria Público-Privada, em que a construção e operação ficará a cargo da iniciativa privada.