Mais comum na CPTM, roubo de cabos afetou a Linha 3-Vermelha do Metrô

Trem do Metrô (CMSP)
Trem do Metrô (CMSP)

Com linhas mais segregadas da malha urbana, o Metrô não costuma ser afetado pelo furto de cabos e outros materiais presentes nas vias. Mas nesta terça-feira (26), a Linha 3-Vermelha permaneceu quase 4 horas sem operar por conta justamente desse problema.

O impacto na malha metroferroviária foi imenso, afetando de forma bastante grave a Linha 1-Azul. O problema só foi resolvido por volta das 8h30, mas os reflexos já haviam sido sentidos em várias regiões da cidade.

Segundo a companhia, cerca de 30 metros de cabos do sistema de alimentação elétrica foram furtados num trecho próximo à região do Tatuapé. Sem energia na área próxima à estação Bresser-Mooca, os trens passaram a circular em baixa velocidade, causando acúmulo de passageiros nas plataformas.

A ocorrência é mais comum na CPTM por conta de suas vias ficarem em sua grande maioria na superfîcie. Há poucos trechos subterrâneos ou elevados, e que dificultam a ação de indivíduos que invadem o sistema.

No caso da Linha 3-Vermelha, que foi implantada em boa parte em vias que pertenciam à Central do Brasil, há grandes trechos na superfície, como na região afetada.

Painel de monitoramento das câmeras (Jean Carlos/SP Sobre Trilhos)

Esse tipo de problema é extremamente grave por afetar o funcionamento e a segurança da operação. Por isso, o Metrô tem investido em tecnologias para coibir ou até mesmo eliminar essa possibilidade.

Uma delas é o novo sistema de monitoramento eletrônico, que está implantação. Como explicado pela atual gestão, a ideia é que câmeras com recursos de inteligência artificial detectem qualquer tipo de invasão nas vias e acionem a equipe de segurança. Não se sabe se o trecho em questão possuía equipamento novo capaz de evitar essa situação.

Outra tecnologia que está sendo estudada envolve o monitoramento em tempo real dos equipamentos e sistemas a fim de perceber qualquer possível ocorrência. Nesse caso, por se tratar de um furto, possivelmente a melhor opção teria sido a detecção por câmera, mas acredita-se que o monitoramento de sistemas também poderia colaborar no sentido de produzir um laudo mais claro e rápido sobre o problema.

Ocorrência de furto de cabos costuma ser mais comum na CPTM (Jean Carlos/SP Sobre Trilhos)
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