A estação João Dias está pronta. Ao menos é que sugere o presidente da CPTM, Pedro Moro, que em post em redes sociais afirmou que a nova parada da Linha 9-Esmeralda será aberta “muito em breve”.
Segundo post do ex-secretário dos Transportes Metropolitanos Alexandre Baldy horas depois que publicamos este artigo, a estação será inaugurada na sexta-feira, dia 5. O governo Doria, mais uma vez, abriu espaço para que o presidente do Partido Progressistas de Goiás bancasse o papel de porta-voz informal das ações da sua antiga pasta.
Trata-se da primeira vez que a iniciativa privada não apenas bancou a maior parte do investimento de uma estação, mas também propôs o projeto. Mérito da Brookfield Properties, uma gigante do setor imobiliário que viu na nova parada uma forma de valorizar um dos seus mais recentes empreendimentos corporativos, as torres construídas ao lado de onde fica João Dias.
Mas não foi uma tarefa fácil. A empresa há muitos anos já buscava sensibilizar a CPTM e o governo do estado sobre a possibilidade de viabilizar a estação da Linha 9, mas a burocracia estatal fez o projeto se arrastar por anos.
Como o empreendimento também acabou paralisado e modificado (deveria ter dado origem ao prédio mais alto de São Paulo, com 192 metros de altura), a demora não chegou a impactar tanto, ainda assim, as torres já estão abertas há bastante tempo.
A lamentar apenas o fato de que o resultado final ficou bastante aquém das projeções que a Brookfield divulgou anos atrás. Nelas, se via uma estação com uso extensivo de cerâmica, vidros espelhados e um mezanino bastante original e que seguia de alguma forma o estilo das torres corporativas.

O que se nota agora que a estação está pronta é que a construção tornou-se mais simples e parecida com outras paradas da linha. Os vidros foram substituídos por brises metálicos no prédio de acesso na fachada ao lado da Marginal Pinheiros – na parte interna, voltada para o conjunto da Brookfield foi aplicado vidro espelhado.
Ao menos é possível notar algumas soluções modernas como a iluminação da plataforma por LEDs. Espera-se que a estação seja ambientalmente sustentável, com captação e reuso de água ou instalação de paineis de energia solar, requisitos que deveriam ser obrigatórios em todos os projetos metroferroviários no Brasil.