Foi entregue nesta quinta-feira (23) pelo consórcio BTT (Bombardier, Temoinsa e Tejofran) o último trem reformado do Metrô de São Paulo, parte de uma encomenda total de 98 composições. Trata-se justamente do trem A35, última unidade da Frota A, que inaugurou a operação do Metrô na década de 70. Agora como parte da Frota J, o J35 está agora no pátio Jabaquara para início dos testes antes que ele seja reincorporado ao serviço.
Com isso, encerra-se um processo iniciado em 2009 quando o Metrô decidiu modernizar os trens das frotas A, C e D, que operavam nas linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha. Na época, a empresa considerou mais viável reformar as composições, instalando ar-condicionado e sistemas mais modernos além de retirar assentos para aumentar a capacidade do que adquirir novos trens. A opção acabou gerando acusações de corrupção e conluio entre os quatro consórcios que venceram a licitação.
Quando recebeu o primeiro trem modernizado, em 2011, o Metrô estimava que a reforma seria concluída em 2014 e a um custo de R$ 1,8 bilhão. No entanto, o processo demorou bem mais tempo e passou por percalços com algumas unidades que apresentaram problemas como portas que se abriam em movimento além de problemas de descarrilamento.
Dos 98 trens das novas séries I, J, K e L consta que um deles K21 acabou virando um “almoxarifado” de peças para os demais. Hoje as composições circulam nas três linhas de metrô pesado, dividindo espaço com as frotas G, H (que foram fabricadas com ar-condicionado) e E (11 trens), a única que permanece sem climatização.
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