Metrô de São Paulo decide fechar acessos de estações na região central

Companhia também liberou funcionários com mais de 60 anos e admitiu que adequará oferta de trens à demanda. Menos afetada, CPTM afirma que linhas continuarão funcionando para atender profissionais de serviços vitais
Menos afetada pela queda da demanda, a CPTM pretende manter oferta apenas com reduções pontuais (GESP)

Diante de uma queda próxima de 50% no movimento de passageiros em suas linhas causada pelo avanço do coronavírus, o Metrô de São Paulo anunciou na noite desta sexta-feira, 20, que irá fechar os acessos secundários de algumas estações, todas elas localizadas na região central da capital paulista. Cinco estações serão afetadas pela medida: São Bento (Acesso da Ladeira Porto Geral e Rua Boa Vista), Luz (Acesso Sul na rua Washington Luís), MASP-Trianon (Acesso Oeste, mais próximo ao Parque Trianon e MASP), Brigadeiro (Acesso Leste) e Anhangabaú (Acesso Falcão, próximo à Prefeitura e ao TRE).

A companhia também decidiu liberar de suas atividades operacionais, os empregados das gerências de operações, manutenção e logística com idade igual ou superior a 60 anos. Com o quadro de funcionários reduzido, o Metrô também admitiu pela primeira vez que poderá alterar a oferta de trens nas três linhas ativas, mas se comprometeu a evitar a aglomeração de pessoas nos trens.

Até então, o governo do estado tem procurado manter o nível de operação tanto do Metrô quanto da CPTM e da EMTU, esperando pela redução da demanda antes de tomar alguma medida de restrição no transporte público, ao contrário de outras regiões do Brasil. Com milhares de pessoas trabalhando em setores como o de serviço, onde o a possibilidade de ‘home office’ é menor, a necessidade de transporte de grande capacidade permanece alta na Grande São Paulo a despeito da queda no movimento.

Redução mínima na CPTM

Um pouco menos afetada pela queda da demanda, de 35% na quinta-feira, a CPTM pretende fazer reduções pontuais na oferta do serviço, mas de acordo com a demanda existente. A companhia tem focado em manter a operação com poucas alterações por conta da necessidade de deslocamentos essenciais para que a região atendida por ela continue funcionando. A preocupação é justamente com profissionais da saúde e da segurança pública, que têm sido fundamentais para tentar conter a pandemia.

O governo prevê que o movimento de passageiros deverá cair ainda mais nas próximas semanas, à medida que as restrições de deslocamentos aumente como com a suspensão das aulas em escolas públicas e o fechamento de parques e outros equipamentos.

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  1. Que ideia genial! A gente precisa que as pessoas fiquem longe umas das outras e eles fecham as passagens para todo mundo ficar grudado um no outro? Aí reduzem a oferta de trens para andarem mais pessoas juntas?

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