Na última sexta-feira, 06 de dezembro, o Metrô deu autorização para que a empresa Planal possa iniciar o serviço de mapeamento de possíveis interferências no trajeto da Linha 19-Celeste. Com isso, o ramal de metrô subterrâneo que ligará o centro de Guarulhos à estação Anhangabaú na capital paulista pode se considerar um projeto oficialmente ativo nos planos da companhia.
Segundo o Metrô, “o mapeamento é um dos trabalhos que vai subsidiar a elaboração do Projeto Básico do trecho Bosque Maia (Guarulhos) – Anhangabaú, que deve ser contratado pelo Metrô ainda em 2020”. Com o projeto básico pronto, será possível licitar a obra que é cotada para ser uma Parceria Público-Privada (PPP), a princípio. Geralmente cabe à concessionária realizar o projeto executivo, mais detalhado e utilizado na obra civil e de sistemas.
Nos próximos meses, as equipes das empresas contratadas irão identificar as redes de utilidades públicas de infraestrutura urbana que existem no trajeto previsto da Linha 19. Com esse mapeamento, é possível ter uma maior assertividade nos projetos de remanejamentos de redes como de abastecimento de água, esgoto, energia e galerias de águas pluviais, entre outros serviços públicos.
Trata-se de um assunto delicado porque as várias companhias de serviços não costumam manter dados atualizados e confiáveis. Por conta disso, é comum que surjam imprevistos como tubulações que se rompem em escavações e até mesmo objetos arqueológicos como os trilhos de bonde encontrados na estação Adoldo Pinheiro. É preciso parar a obra por um longo período para que esses problemas sejam contornados além de encarecer o serviço em si.
Além do mapeamento, o Metrô tem ainda duas licitações em curso que darão subsídios aos projetos, a de investigações geotécnicas e a de levantamento topográfico, mas que ainda não foram homologadas.
De acordo com o projeto funcional, a Linha 19-Celeste terá 15 estações em 19,4 km nessa primeira fase (extensão maior do que a que consta em outros documentos). Ela ainda possui previsão de chegar até a região do Campo Belo, passando pela avenida Brigadeiro, proximidades do Parque do Ibirapuera, Itaim e avenida Santo Amaro.
Nos planos da atual gestão
A Linha 19-Celeste é cogitada há vários anos pelo governo do estado, mas só ganhou novo status na atual gestão que decidiu colocá-la na sua lista de prioridades após os projetos que já estão em andamento. Acredita-se que o ramal tenha um potencial de demanda de mais de 500 mil passageiros por dia útil e o custo aproximado de R$ 15 bilhões.
O trajeto da Linha 19-Celeste