Quase cinco meses após a sessão pública, o Metrô de São Paulo concluiu a análise das propostas para a licitação de construção de 60 moradias para famílias que serão removidas da Favela de Vila Prudente para a passagem da Linha 15-Prata.
O certame foi realizado em 14 de setembro e quatro empresas apresentaram propostas, a mais em conta delas feita pela construtora Nova Bahia no valor de R$ 18 milhões.
No entanto, tanto ela quando a 2ª colocada, a SELC Empreendimentos, foram desclassificadas, restando à empresa Massapê ser selecionada e habilitada.
O custo do projeto, no entanto, subiu para quase R$ 22 milhões, apenas 0,19% abaixo do orçamento estimado pelo Metrô.
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Ou seja, cada residência terá um custo para os cofres públicos de R$ 366 mil, suficiente para adquirir um imóvel na região de construtoras privadas (com margem de lucro embutida).

Solução caseira
A opção do Metrô de propor que a própria empresa resolvesse a questão de moradia surgiu na gestão anterior, do presidente Silvani Pereira. A ideia era tornar o processo mais célere já que o Metrô possui um terreno próximo à Favela de Vila Prudente, onde há um túnel da Linha 2-Verde.
Em vez de acionar a CDHU, companhia de habitação do estado, ou então a Prefeitura de São Paulo para construir as moradias, o Metrô preferiu ele mesmo orçar e licitar o trabalho.
As 60 famílias estão numa área à beira da Avenida Luiz de Ignácio Anhaia Melo e que terá de ser alargada para a implantação das vias elevadas do monotrilho no trecho que vai até a Estação Ipiranga.
As unidades terão 70
m2 de área útil, dois dormitórios e um banheiro. Para acomodar as
60 famílias no local, o Metrô projetou as casas superpostas, com
duas unidades por lote e um escada lateral de acesso. A unidade no
térreo tem entrada pela frente enquanto a superior, pela
lateral.
As edificações deverão ter um recuo da rua por conta da vala onde passa o túnel da Linha 2.