Na última quinta feira (08) o site realizou uma visita monitorada na Linha 12-Safira onde foram abordados diversas ações para a melhoria da operação no ramal. Nesta terceira matéria daremos foco na solução adotada na estação Calmon Viana, melhoria do desempenho dos trens e possíveis expansões.
Solução Calmon Viana
A estação Calmon Viana é o terminal da Linha 12-Safira e possui integração com a Linha 11-Coral. Essa característica importante lhe confere uma circulação diferenciada graças ao fluxo de passageiros entre as linhas.
Enquanto as plataformas 1 e 2 atendem a Linha 11-Coral, apenas a plataforma 4 atendiam os trens da linha 12 que tem como sentido a estação Brás. A operacionalização da plataforma 3 era impedida por diversos motivos, sendo o mais notável o “castelinho” existente na estação.

O foco da CPTM estava além de ativar a plataforma 3, mas criar uma nova ligação com a Linha 11-Coral através da implantação de um novo AMV e a remodelação das vias e da rede aérea.
O castelinho da estação, que apesar de ser uma estrutura histórica não era tombado por órgãos de preservação, deveria passar por intervenções severas. A prefeitura de Poá solicitou a não remoção da edificação que possui um valor simbólico.
A solução adotada foi cortar parte da estrutura que foi mantida de pé após intervenções das equipes de engenharia. A abertura permitiu com que os trens pudessem realizar a parada na estação sem obstruir as portas do trem.

A implantação de um novo aparelho de mudança de via após a estação e a demolição de uma antiga transposição permitiu também a supressão de uma PN que ligava a estação à base de manutenção de Calmon Viana. Isso permitiu o acesso de funcionários sem a interferência na via férrea.
Melhoria no índice de falhas dos trens
Um dos questionamentos realizados pelo site à equipe presente abarca a melhoria no índice de manutenção dos trens. O chamado MKBF define a quantidade de falhas de um trem por quilometragem percorrida.
Segundo o relatório da administração, em 2021 este índice teve aumento considerável, tendo uma média de 7.142 km e atingindo o valor recorde de 8.311 km entre falhas em julho de 2021 – quanto maior o intervalo, melhor o funcionamento da linha.
Uma das justificativas para o aumento dos índices é a implementação de novos processos nos contratos de manutenção. As falhas passam a ser estudadas pelas equipes de engenharia que aplicam medidas mitigadoras que minimizam ou eliminam os problemas.

O foco é aumentar a disponibilidade e também a confiabilidade não só do material rodante, mas de todos os equipamentos envolvidos na operação das linhas.
Linha 12-Safira em Suzano
Uma das questões mais relevantes sobre a Linha 12-Safira é sobre a expansão dos serviços até a estação Suzano que, após reforma, recebeu quatro plataformas, sendo duas delas operacionais.
Quanto a esta questão, a resposta ainda não é a esperada. O projeto ainda não tem previsão de sair do papel. Um dos motivos é a complexidade do empreendimento e o macroplanejamento envolvido, uma vez que um novo par de linhas deverá ser implantado e, como consequência, os sistemas de apoio como energia e sinalização.