Com embarque previsto na China para o dia 17 de junho (segundo a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo), o primeiro trem da Série 2500 da CPTM trará alguns recusos inéditos ou raramente usados no Brasil.
A composição, que foi fabricada pela CRRC Sifang, gigante do setor ferroviário da China, é a primeira de oito unidades encomendadas pela CPTM com exclusividade para a Linha 13-Jade, que atende o Aeroporto de Guarulhos. Ao contrário dos trens mais recentes encomendas pela companhia, a Série 2500 é produzida totalmente no exterior e será a primeira vez que a CPTM terá em sua frtota um modelo chinês – antes a companhia havia herdado os trens asiáticos da Série 4800 fabricadas pelas japonesas Toshiba e Kawasaki e que foram aposentados em 2010.
Por essa razão, a CRRC acabará introduzindo algumas tecnologias e padrões desconhecidos na rede metroferroviária de São Paulo. Um deles foi pedido pelo governo do estado, a instalação de bagageiros para facilitar a viagem de passageiros oriundos do transporte aéreo, sobretudo. Serão dois tipos de bagageiros, para malas pequenas acima dos assentos e já vists em outros trens por aqui, e um compartimento para grandes malas perto da passagem entre os vagões.
Mas são duas tecnologias que prometem chamar a atenção dos usuários. A primeira é o mapa digital de estações acima das portas – que terão 1,60 metro de largura como nos novos trens da empresa -, que poderá mostrar várias informações em tempo real além de permitir alterações no layout de forma mais simples. Hoje os paineis existentes tanto no Metrô quanto na CPTM mesclam soluções por luzes de indicação sob mapas físicos ou apenas adesivos autocolantes como na Série 7000 da CAF. A solução da CRRC, no entanto, parece mais adequada do que a dos monitores de outras séries da CPTM, que ficam localizados acima dos assentos.
Botão da curiosidade
A outra novidade que o Série 2500 traz na bagagem é o botão de abertura manual das portas. Trata-se de um equipamento comum em metrôs e trens no exterior onde a abertura da porta fica a cargo do passageiro. Caso ele não acione o dispositivo, as portas permanecem fechadas evitando consumo de energia e o funcionamento desnecessário. No entanto, a CPTM não tem planos de disponibilizar essa possibilidade no Brasil: “Os trens da série 2500 serão equipados com dois modelos de abertura de portas: o automático e o acionamento por botão pelos passageiros após comando do maquinista. A operação da CPTM trabalha somente com o modelo automático de abertura de portas“, afirmou a companhia em resposta ao site.
A decisão é compreensível afinal o uso do recurso dependeria de um período de adaptação para que o usuário aprendesse como manuseá-lo e, sobretudo, que esse acionamento fosse consciente. Quem sabe num futuro, a ideia possa ser implantada na Linha 13-Jade. Enquanto isso, o botão deverá chamar a atenção por um bom tempo.
