Se existe um cronograma a respeito da concessão do Trem Intercidades São Paulo-Campinas, que incluirá o serviço expresso, o Trem Intermetropolitano e a Linha 7-Rubi, nada está claro a respeito do fim do Serviço 710, que proporciona viagens entre Jundiaí e Rio Grande da Serra.
A operação conjunta das linhas 7-Rubi e 10-Turquesa foi lançada pela CPTM em abril de 2021 e desde então fez o movimento de passageiros crescer, além de receber elogios dos usuários que hoje não precisam trocar de trem para chegar a qualquer destino dos dois ramais.
Mas, como este site mostrou em novembro, o Serviço 710 está com os dias contados e com ele o encurtamento do trajeto da Linha 7, que passará a ir de Jundiaí até a estação Palmeiras-Barra Funda.
Como o Consórcio C2 não poderá operar trens a partir de Barra Funda não há como manter o serviço no trecho onde está a Linha 10. A questão é entender quando o Serviço 710 deixará de ser oferecido.
Fim pode ocorrer dentro de um ano
O site questionou tanto a Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI), que é responsável pelo projeto do TIC Eixo Norte, quanto a CPTM, que opera o serviço atualmente. As respostas mostram que nem mesmo no governo há um entendimento claro sobre isso.
“Com a concessão do Trem Intercidade Eixo Norte à C2 Mobilidade Sobre Trilhos, a Linha 7-Rubi passará a atuar no percurso Jundiaí-Barra Funda, conforme determina o contrato que deverá ser assinado em até 120 dias“, afirmou a SPI em nota.
Segundo a secretaria, até que o contrato seja formalizado, o Serviço 710 permanecerá sendo possível à CPTM, mas não existe uma data exata para que a companhia separe a operação das duas linhas.
Já para a CPTM, a previsão é que “o Serviço 710 da CPTM permaneça atendendo aos passageiros das duas linhas até a chegada da Linha 11-Coral na Estação Palmeiras-Barra Funda“.
A companhia de trens metropolitanos está implantando sistemas e infraestrutura para levar a Linha 11 da estação Luz até Barra Funda, como já faz com o Expresso Aeroporto, da Linha 13-Jade. Porém, ainda não está claro quando o ramal será estendido.
A despeito das visões diferentes dos dois órgão estaduais, é razoável esperar pelo fim do Serviço 710 entre o segundo semestre deste ano e o primeiro semestre de 2025.
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As razões envolvem aspectos legais como a limitação de operação à concessão após Barra Funda e o fato de que a CPTM deverá repassar a frota de 30 trens da Série 9500 para a C2 Mobilidade Sobre Trilhos durante os primeiros 90 dias da fase pré-operacional.
Essa fase terá início seis meses após a assinatura do contrato de concessão. Como o governo espera assiná-lo até o final de junho, a CPTM e a C2 terão que firmar os termos de entrega de infraestrutura no primeiro trimestre do ano que vem.
Ou seja, a partir deste ponto a Linha 7-Rubi passará a ser responsabilidade da nova concessionária.
Esperança no futuro
No entanto, o contrato do Trem Intercidades propõe algumas alternativas para que serviços provisórios sejam implantados, dependendo de algumas situações. Uma delas é que a Linha 7-Rubi poderá operar após Palmeiras-Barra Funda caso a CPTM não tenha ainda levado a Linha 11-Coral até lá. É a chamada “Extensão Temporária do Serviço da Linha 7 Inicial”.
Mas mesmo que a Linha 7-Rubi continue a chegar na estação Luz, por exemplo, as viagens seriam separadas do trecho da Linha 10.
Certo mesmo é que os usuários que hoje viajam no mesmo trem passarão a ter de realizar duas trocas se quiserem, por exemplo, ir de Francisco Morato a Santo André. As opções, a princípio, serão desembarcar em Barra Funda e fazer baldeação para as linhas 11-Coral ou 3-Vermelha do Metrô e seguir até Brás para então tomar a Linha 10-Turquesa.
No entanto, não será surpresa se novos arranjos surgirem no futuro, dependendo de outras concessões planejadas pela gestão atual. Uma hipótese é que serviços como o 710 possam ser implantados em outros ramais em parcerias entre concessionárias.
É o que sugere parte da resposta da Secretaria de Parcerias em Investimentos, que disse trabalhar “para ampliar a interoperabilidade entre as linhas de trens urbanos a fim de aprimorar a prestação de serviço aos passageiros e reduzir os tempos de viagem”.
Estamos falando de uma infraestrutura pública de interesse público (a CPTM), aonde um serviço eficiente e benéfico à população (o serviço 710) pode simplesmente ser descontinuado, por “interferir” nos interesses do concessionário privado.
Aonde estamos indo parar….
Questões legais e financeiras à parte, o adequado pós concessões seria a Linha 7 – Rubi descer até Tamanduateí e a Linha 10 – Turquesa subir até a Lapa.
Com as duas linhas utilizando as mesmas plataformas, tal qual é hoje no 710.
Não deve ser tão grande o número de usuários do Norte de São Paulo e do ABC Paulista que precise passar destas duas extremidades por emprego ou educação.
Não há sentido nenhum em fazer isso, até pq elas iriam se cruzar nas mesmas plataformas, e uma acabar atrapalhando a outra, se fosse esse o caso era melhor manter o 719
O problema dessa sugestão é que, ao ir até a Lapa, a Linha Turquesa “invadiria” a nova concessão da Linha Rubi. Enquanto que, chegando à Tamanduatei, a Linha Rubi “invadiria” a futura concessão da Linha Turquesa.
O que a matéria está levantando é o entrave legal criado com a nova concessão, que afetará diretamente a continuidade do serviço 710. Serviço este que é a retomada da operação original desse corredor ferroviário, que tecnicamente sempre foi uma só linha, antes de ser dividido nos anos 90 em Linha Rubi e Linha Turquesa.
O corredor foi dividido nos anos 1990 após mudanças políticas, econômicas e sociais que não justificavam mais uma linha só. Até hoje a demanda 710 é pequena e não justifica a unificação do serviço.
No futuro nada impede as concessionárias de estabelecer serviços unificados. Mas com a demanda baixa atual, nada justifica uma operação 710 além do mote eleitoreiro (a Linha 710 foi usada como “cala boca” aos passageiros da Linha 7 que não receberam nenhuma melhoria naquela linha, exceto reforma pontual de uma estação terminal e a construção de outra nova).
No futuro, a transferência da Linha 7 para o metrô em Água Branca vai diminuir as transferências da Linha 7 na Barra Funda.
Há uma demanda dos usuários da L-10 do ABC pela conexão na Luz com a L-4 e L-1, ao invés da linha parar no Brás (na saturada L-3) como antes do 710.
Uma solução viável seria a L-7 e a L-10 parando na Barra Funda ou, no máximo, na Luz. Não seria ruim pra ninguém, mas depende mto dos planos das demais linhas, porque a Luz está bem saturada tb.
Antônio,
Com o fim do Serviço 710, a L10 terá seu terminal na LUZ (e NÃO no Brás).
Claro que se terminasse na Barra Funda seria melhor, mas não haverá espaço físico para tal devido ao TIC Campinas e à L13 (Expresso Aeroporto) que resolveram levar para a Barra Funda também para beneficiar mais “meia dúzia de gatos pingados”.
Não é o que pensa o público que se beneficia diariamente com o serviço 710, e que não é um público pequeno.
O 710 permite acessar varias opções de integração, utilizando-se o mesmo trem – sem aquela necessidade de se ficar trocando de trens e “dançando” de uma plataforma lotada a outra no trecho Bras-Barra Funda.
Só quem utiliza diariamente o transporte público, vindo de bairros populosos e distantes, sabe o quanto isso vale.
710 tem mais doq o dobro da demanda estimada do TIC🥱
São cerca 169 mil pessoas por dia q utilizam o 710, enquanto o TIC tem previsão de carregar 60 mil.
Muito pelo contrário IVO existe uma demanda maior do serviço 710 do que esse TIC. Foi feito só pra dar dinheiro do povo pra empresário.
Não sei do que você está falando, ou é desconhecimento ou está mal intencionado!? por que são omitidas as pesquisas desde antes da pandemia das demandas e satisfação dos usuários!?
“Até hoje a demanda 710 é pequena e não justifica a unificação do serviço”
“Mas com a demanda baixa atual, nada justifica uma operação 710…
O que se está falando é da Linha Integradora-710 cuja soma ultrapassou 21% a Linha 11-Coral, e não a Linha 13-Jade que mal chega a 15 mil diários e se quer utilizar as Linhas da 11-Coral, você está mal informado!?
Esta linha neste molde já existia antes da década de 60 desde a Santos a Jundiaí pela RFFSA e ia de Paranapiacaba até Francisco Morato.
Segundo o Mickey acima, o serviço 710 transporta 169 mil pessoas por dia. Como esse serviço transporta mais que a Linha 11? Somar o serviço 710 com os passageiros das Linhas 7 e 10 que não usam o serviço é ser mal intencionado.
Se o serviço só transporta 169 mil passageiros por dia, não justifica sua operação diária que impacta os demais passageiros das Linhas 7 e 10 que não usam o serviço. Pior, com essa unificação forçada, a frota está sendo mais exigida e sofrerá o dobro do desgaste programado. As oficinas das Linhas 7 e 10 são as mais antigas de toda a rede (datam do final do século XIX) e nunca sofreram modernizações. A CPTM ficou uma década para construir uma oficina meia-boca em Francisco Morato e um estacionamento em Mauá (que agora a empresa decidiu transformar em oficina, demonstrando uma falta de planejamento). Em Jundiaí a CPTM abandonou o pátio ali existente.
Só a minoria defende o 710 como está por pura preguiça de fazer transferência. Não há como acabar com todas as transferências do sistema.
Seguindo pela sua lógica, não há sentido nenhum em construir o TIC, ja q vai ser um “cala boca” pra população de Campinas q não receberam nenhuma linha de trem vai ser caro e não vai ter um alta demanda
Temos aqui um embate de opiniões entre duas vertentes bem definidas:
– De um lado aqueles que defendemos o serviço 710, e o seu exemplo para que se direcione a CPTM (e o transporte público em geral) para o seu verdadeiro objetivo, que é atender as demandas da população que o utiliza – e em função da qual ele existe.
– Do outro lado, há quem prefira querer justificar medidas e mudanças que prejudicam diretamente os passageiros, em favor de interesses e dividendos financeiros dos investidores privados. Ficando as demandas da população em um mísero segundo plano – o passageiro que viaje mais espremido em viagens mais demoradas; que ele “não seja preguiçoso”, e faça mais baldeaçoes do que deveria; e que ele pare de reclamar (afinal, o dividendo financeiro que é a prioridade).
acho só vai atrapalhar a vida do usuário que vai perder, uns trinta minutos pra fazer baldeação, a 30 anos que falam em modernização, e até agora nada!
Quando terminar o serviço 710 a população vai reclamar e quando as eleições estaduais se aproximar a concessionária realiza uma PPP ativar novamente pra dizer que o governo está trabalhando pois não tem obra pra entregar.
Independente das questões legais das concessões, ninguém nessa esfera administrativa está pensando na população. o serviço 710 é super importante para o ABC, que já é há décadas desfavorecido pelos governadores do Estado SP. Estamos ouvindo há décadas que o metrô vai vir pro ABC e tenho certeza que não vou ver nessa vida, a obra pronta. Um descaso com nossa região e os prefeitos daqui ainda ficam beijando a mão desses mentirosos. Vergonha.
Com a nova configuração operacional a partir de maio de 2021, a reunificação da Linha Integradora-710, resultado da união das linhas 7-Rubi com 5.968.244, e 10-Turquesa com 5.481325 somou 11.449.569, e ultrapassou em quantidade em 21% a linha 11-Coral com 9.461.724, estima-se que cerca de 165 mil passageiros foram beneficiados diariamente com o fim das desconfortáveis transferências entre trens nas Estações Luz e Brás, aproximadamente 30% do total transportado nas duas linhas. Além disso, de acordo com estudos preliminares, os passageiros economizam oito minutos não realizando as transferências nas Linhas 7 e 10, podendo descer e distribuir em locais mais convenientes evitando tumultos, além da facilidade de se reduzir um número menor de baldeações.
Tal confirmação facilmente seria comprovada se fossem divulgadas as Pesquisas de Demanda e a satisfação dos usuários que conta com ampla unanimidade de aprovação, pois nenhum TIC supera os Trens Metropolitanos, principalmente este, só pode ser argumento falacioso de burocratas!
É um grande equívoco e retrocesso urbano voltar a se utilizar as Estações do Brás e Luz como Terminal como era em passado recente. Não se justifica por conta de uma concessão e criação de um TIC obsoleto até Campinas instalado em via singela cuja velocidade não ultrapassará 140km/h em 1:15h e demanda ridícula menor que 10% a mutilação e se desmembrar, pois comprovadamente não serão somente os passageiros das antigas Linhas 7 e 10 que são prejudicados, mas de todo sistema Metrô CPTM, uma vez que se recebe diretamente conexões diretas com todas Linhas do Metrô /CPTM, exceto as Linha 9-Esmeralda e 5-Lilás, que com pequenas expansões é possível fazer, é novamente os gestores enfiando goela abaixo decisões precipitadas de mobilidade sem consultar os usuários, ao invés de facilitar.
“Desta forma, o argumento pífio de reduzir tempo total de viagem em 10 minutos além de minimizar necessidade de troca de trens em Francisco Morato não passa de mais uma grande falácia, demonstrando que ainda não aprenderam com os acontecimentos e as lições das fracassadas concessões recentes que beneficia só empresários e continua causando grande transtorno aos usuários”
mais uma vez governo e empresários mostrando oque eles são na realidade;um bando de gananciosos egoístas que só pensam em seus lucros absurdos e que não estão nem aí pra necessidade do trabalhador que sempre sofre com os resultados!
Diga-se de passagem que esses seres que administram a ferro ia, não tem um mínimo de inteligência, um negócio que traz lucros pra quem administra no momento e pode para quem administrar depois, preferem acabar, são muito mas muito sem inteligência,caírem de 4 não levantam.
O problema maior nem é o fim do Serviço 710 em si, mas sim desconectar completamente (mais uma vez) as linhas 7 e 10, além de cortar a L7 na Barra Funda antes mesmo de ela ganhar a conexão em Água Branca com a L6, o que só deve ocorrer no mínimo no 2º semestre/2027 (já que a possível abertura de Água Branca em 2026, sem a L6 chegando em São Joaquim, de nada ajudará, aliás irá até complicar mais a situação ali).
Sem o Serviço 710, o ideal seria pelo menos as linhas 7 e 10 terminarem juntas na Barra Funda, assim se reduziriam as transferências excessivas para ir de uma à outra.
Porém, não há espaço físico suficiente para isso na Barra Funda devido ao Expresso Aeroporto (que não beneficia mais do que “meia dúzia de gatos pingados” na Barra Funda) e ao TIM Campinas.
Uma possível solução seria talvez uma ampliação de plataformas (físicas) já existentes na Barra Funda (para caber 2 trens diferentes, de linhas distintas, na mesma plataforma física, na mesma via, simultaneamente; mas claro que um trem na extremidade leste da plataforma, e outro trem na extremidade oeste da mesma plataforma física).
Mas desta forma se eliminaria qualquer possibilidade de manobras de trens nas plataformas “compartilhadas”.
Enfim, para entender melhor o que estou dizendo, é só imaginar as linhas 11 e 13 (Expresso Aeroporto) na Luz. Seria similar a isso.
Só que quem investiria dinheiro em uma obra dessa?!
🥱🥱
A única vantagem, digamos assim, do fim do Serviço 710 será garantir trens vazios retornando da Luz na L10, de modo a atrair mais passageiros desta linha com destino, por exemplo, ao centro ou à Linha 4–Amarela, para seguirem até a Luz, desafogando, assim, Tamanduateí e a Linha 2–Verde.
Inclusive, dessa forma, a L10 também poderá atrair mais passageiros da L15, futuramente, na Estação Ipiranga.
Enfim, de qualquer modo, eu só gostaria de ressaltar que eu NÃO sou favorável, em linhas gerais, ao fim do Serviço 710 da forma como será feito.